Mulher da golpe de R$ 30 mil em jogadores de futebol com deficiência
Ela aliciava os alunos, aproveitando-se da vulnerabilidade deles
Alunos de uma escola de educação física externa para pessoas com deficiência, em Brasília, denunciaram ter sido vítimas de um golpe. Segundo os jovens e seus familiares, há cerca de três meses, uma mulher de 23 anos tem aliciado os alunos, aproveitando-se da vulnerabilidade deles para extorquir dinheiro. As famílias dos envolvidos já registraram reclamação na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A mulher teria se infiltrado em um grupo de WhatsApp de estudantes, coletando números de telefone e entrando em contato com as vítimas. Para preservar as investigações e as identidades, o nome da acusada não foi revelado, assim como o das vítimas e de seus familiares.
Os alunos, que praticam futebol diariamente no centro de treinamento, foram os primeiros a relatar os golpes ao professor. Após receber os depoimentos, o educador convocou uma reunião com os responsáveis, na última quarta-feira (2), para discutir o caso.
Segundo apuração feita pelas Metrópoles, o golpe afetou os jovens com abordagens que variavam de promessas de emprego a propostas de relacionamento amoroso. Em vários casos, a suspeita agendou reuniões presenciais para facilitar o acesso aos dados pessoais dos alunos.
Em um dos casos mais graves, uma mãe de um jovem de 27 anos relatou que um golpista induziu seu filho a contrair dois empréstimos de R$ 15 mil cada, em bancos diferentes. “Ela foi até a casa dele, o convenceu a fazer um cartão de crédito e o empréstimo, alegando que isso seria necessário para uma vaga de emprego, e prometeu devolver o dinheiro posteriormente”, contou a mãe.
O golpista ainda teria criado contas bancárias digitais no celular da vítima, transferindo valores para si mesmo e contratando outro empréstimo, causando um prejuízo total de R$ 30 mil.
Vítimas
Outra vítima, de 30 anos, também acabou enganado. Ele contou que a mulher marcou um encontro em frente a um shopping, com a mesma falsa promessa de emprego. “Ela me levou até uma agência bancária, onde fiz um cartão. Depois, ela sacou dinheiro e fez compras, totalizando cerca de R$ 3 mil”, relatou.
Além desse, há um terceiro caso, um rapaz de 28 anos desconfiou da abordagem e alertou a mãe antes de fornecer qualquer informação. “Ele me mostrou o celular e disse: ‘Mamãe, uma moça está pedindo para eu fazer um cadastro’. Eu disse: ‘Ah, filho, deleta que é golpe'”, lembrou a mãe, aliviada por ter evitado o golpe.
As famílias lamentam o fato de um golpista ter se aproveitado da vulnerabilidade dos jovens. “Esses meninos são carentes, muitos nunca namoraram. Ela agiu com uma maldade enorme”, desabafou uma mãe. O caso segue sob investigação pela PCDF.