O “dando que se recebe” do ‘Centrão’ quer voltar em 2026
Nem a força da direita capitaneada por lideranças de massa conseguiu barrar o crescimento do PSD
Nem a força da direita capitaneada por lideranças de massa como os deputados federais do PL Gustavo Gayer (GO) e Nikolas Ferreira (MG) conseguiu barrar o crescimento do PSD, legenda identificada com o ‘Centrão’. Gayer, Nikolas, entre outros deputados, fizeram campanha nas redes sociais para o eleitor não votar no PSD. O partido comandado por Gilberto Kassab elegeu 878 prefeitos no País. Esse ativo político e de votos faz do PSD uma força cobiçada por qualquer pretendente a disputar o comando do Senado, Câmara e a presidência da República. Mais do que uma força política, será a porta de entrada para eleger a maior bancada de centro em 2026, ou se preferirem, ‘Centrão’.
Essa força política que não tem uma forma física definida teve sua origem consolidada na Constituinte de 1988 e passou a ser referência ao grupo de deputados que pretendiam apresentar um projeto alternativo ao de Bernardo Cabral. Teve sua importância coroada pelo então presidente da República José Sarney que, em reunião com um grupo de deputados federais no Palácio da Alvorada, em janeiro de 1988, disse: “Vou governar com os amigos, prestigiando os que me prestigiam”.
Para coroar de vez o conceito do ‘toma lá dá cá’, no mesmo mês de janeiro de 1988, a frase “é dando que se recebe”, pronunciada em plenário pelo então deputado federal do PMDB Roberto Cardoso Alves, definitivamente entrou para a literatura da política brasileira como símbolo de oportunismo. Após os 878 prefeitos eleitos pelo PSD, 847 do MDB e 743 pelo PP, ninguém duvida que o “é dando que se recebe” voltará com força e eleger a maioria dos Congressistas por essas legendas.
Forte no País e raquítico em Goiás
Com fama de bom estrategista, Gilberto Kassab deve estar até agora lamentando ter entregado o PSD ao senador Vanderlan Cardoso que, além de amargar um quinto lugar após meses na liderança de intenção de votos para perfeito de Goiânia, viu o partido definhar no Estado ao eleger apenas três prefeitos. Ironicamente o PSD é forte no País, menos em Goiás.
Prioridade Caiado
O presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, tem repetido para as lideranças partidárias de centro, centro-direita e direita que, a partir de agora, uma das maiores prioridades é consolidar a pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado a presidente da República.
Izalci pé quente
Mesmo não tendo eleições municipais, nem por isso as lideranças políticas deixam de participar com apoios, candidatos a prefeitos e vereadores no Entorno da capital do País. O senador Izalci Lucas (PL), por exemplo, participou ativamente da campanha em 16 municípios goianos. Ajudou a eleger 12 prefeitos dos 16 candidatos e perdeu em quatro cidades. “Izalci é pé quente”, disse o prefeito reeleito de Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL).
PSDB e PDT…
… foram os que mais perderam prefeituras no País. Os tucanos tinham 520 e elegeram 276 e o PDT tinha 314 e agora 151 municípios. Em Goiás, o PSDB elegeu 7 prefeituras e o PDT 11. Por esses resultados, ganha força a ideia de federação entre as legendas.
Somos três
Após o resultado que frustrou o PT em não ter conseguido chegar ao segundo turno em Goiânia, o partido conquistou três prefeituras e aguarda o resultado do segundo turno em Anápolis com Antônio Gomide.