O meio-campista brasileiro Lucas Paquetá, do West Ham, está no centro de uma controvérsia crescente. Recentemente, ele foi acusado pela Federação Inglesa de Futebol (FA) de obstruir a investigação sobre seu suposto envolvimento em apostas esportivas. Segundo o portal inglês The Sun, a acusação se deve ao fato de Paquetá ter trocado de celular durante o processo investigativo.

O envolvimento com apostas

Relembrando o caso, Lucas Paquetá enfrenta uma investigação por suposto envolvimento em manipulação de resultados. Em maio, surgiram acusações de que ele deliberadamente recebeu cartões amarelos em partidas da Premier League para beneficiar apostas de colegas. Os jogos sob investigação incluem confrontos contra o Leicester City, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.

A FA tem evidências de que as apostas foram realizadas a partir da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, onde o jogador nasceu. Os valores das apostas variaram, sendo uma delas de apenas 7 libras, enquanto a mais alta chegou a 400 libras. A confirmação de que Paquetá recebeu cartões amarelos gerou ganhos substanciais para os apostadores, totalizando cerca de 100 mil libras.

A investigação começou há cerca de um ano, quando Paquetá entregou seu celular à FA. Durante oito semanas, a federação analisou o dispositivo, buscando registros de chamadas, mensagens e transações bancárias.

No entanto, após a devolução do aparelho antigo, Paquetá adquiriu um novo celular e descartou o anterior. Quando a FA solicitou novamente o aparelho para verificar mais detalhes, ele alegou não conseguir localizá-lo.

Essa troca de celulares resultou em duas novas infrações agravadas por não cooperação, aumentando as complicações legais para o jogador. A FA busca uma punição severa, com possibilidade de “banimento para sempre” caso Paquetá seja considerado culpado.

Leia também: BETS: IBGE realiza pesquisa sobre gastos com apostas no Brasil 

Historicamente, casos semelhantes resultaram em severas punições. Por exemplo, Kynan Isaac, do Stratford Town, foi suspenso por dez anos, enquanto Bradley Wood, do Lincoln City, recebeu uma suspensão de seis temporadas após manipulações similares.

A pressão sobre Paquetá aumenta à medida que a FA avança com suas investigações, e a audiência sobre o caso está marcada para março do próximo ano.

Com a situação se desdobrando, a reputação e o futuro de Lucas Paquetá estão em risco. A comunidade do futebol e os torcedores aguardam ansiosamente os próximos passos na investigação, que poderá definir não apenas o destino do jogador, mas também a integridade do esporte.