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segunda-feira, 28 de outubro de 2024
Lembrança dos sonhos

Por que alguns não lembram de seus sonhos?

Fatores como o ciclo do sono, estresse e genética influenciam a capacidade de recordar sonhos, revelando a importância desses fenômenos para a saúde mental e emocional

Postado em 11 de outubro de 2024 por Luana Avelar

Muitas pessoas afirmam nunca sonhar ou raramente lembrar de seus sonhos, mas a verdade é que todos nós sonhamos, mesmo que não tenhamos consciência disso. O ciclo do sono humano é dividido em várias fases, sendo a mais intrigante a fase REM (Rapid Eye Movement), onde os sonhos são mais vívidos. No entanto, por que algumas pessoas parecem não lembrar dos seus sonhos? A resposta pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo a forma como acordamos e as condições de nosso sono.

Pesquisas indicam que a lembrança dos sonhos varia entre os indivíduos. Aqueles que despertam durante ou logo após a fase REM têm maior probabilidade de se lembrar do que sonharam. Quando acordamos em outras fases do sono, especialmente durante o sono profundo, a memória dos sonhos tende a se dissipar rapidamente. Isso ocorre porque o cérebro, durante o sono profundo, ‘desliga’ partes da memória que são responsáveis pela recordação, priorizando o descanso e a recuperação física e mental.

Além do ciclo do sono, fatores como o estresse e a qualidade do sono desempenham um papel crucial na recordação dos sonhos. Em momentos de estresse elevado, o sono pode se tornar fragmentado e menos restaurador, dificultando o acesso às lembranças dos sonhos. A privação do sono e a má qualidade do sono também estão relacionadas a uma diminuição na lembrança dos sonhos. Por outro lado, uma rotina de sono regular e tranquila pode aumentar a chance de recordarmos nossas experiências oníricas.

A genética também influencia a capacidade de recordar sonhos. Algumas pessoas nascem com uma predisposição maior para lembrar dos seus sonhos, enquanto outras têm mais dificuldade. Essa variação pode estar ligada à atividade cerebral durante o sono e às diferentes estruturas cerebrais envolvidas na memorização.

Além disso, a prática da autoanálise dos sonhos pode ajudar na recordação. Muitas pessoas que mantêm um diário de sonhos – anotando o que sonharam assim que acordam – conseguem treinar a mente para lembrar mais facilmente das experiências oníricas. Essa prática não só ajuda a melhorar a recordação, mas também pode proporcionar insights sobre a vida emocional e psicológica do sonhador.

Embora muitas pessoas acreditem que não sonham, é importante ressaltar que os sonhos desempenham um papel significativo na nossa saúde mental e emocional. Eles podem servir como uma forma de processamento de emoções, resolução de problemas e até mesmo criatividade. Algumas pesquisas sugerem que os sonhos ajudam a consolidar memórias e a trabalhar questões não resolvidas, refletindo aspectos da vida cotidiana e das experiências vividas.