As redes sociais são a base do entretenimento atual. É difícil imaginar a vida sem visualizar as redes sociais como o Twitter, YouTube, Instagram ou TikTok. Durante a pandemia, o aumento no uso das redes sociais foi de aproximadamente 40%, de acordo com informações da empresa de análise de dados Kantar.

Com o aumento do uso das redes, também foi possível expandir os negócios. Canais do YouTube já contavam com o recurso da monetização, e no Instagram já era costume presenciar publicações de digital influencers patrocinadas.

Porém com a pandemia de Coronavírus, outra rede foi conquistando espaço entre todas as outras: o TikTok.

Com mais de 1 bilhão de downloads durante o mês de abril de 2020, o aplicativo continua se mostrando tendência mundial, com influenciadores surgindo em sua plataforma, como o caso da escritora e digital influencer Iasmin F. V. Serafim, com mais de 14 mil seguidores e 400 mil curtidas. Iasmin está na criação de vídeos voltado ao público leitor do TikTok, conhecidos por “booktok”, uma mistura das palavras book (livro em inglês), e TikTok.

“Eu decidi produzir conteúdo no TikTok pois o algoritmo dessa rede é muito melhor comparado às outras redes sociais. O que eu consegui em 2 meses no TikTok, eu não consegui em um ano no Instagram”, relata Iasmin.

A plataforma TikTok também apresenta um diferencial para aqueles que querem apresentar conteúdo. Seu alcance é maior que as outras plataformas, gerando visualização e aparecendo na página principal até mesmo depois de semanas que o vídeo foi publicado.

“O TikTok entrega muito mais, e o conteúdo fica aparecendo para os outros cerca de um mês. Se eu postar hoje, até o final do mês de abril o vídeo vai ser apresentado para outras pessoas. Não é igual o Instagram, em que se eu postar agora e não tiver ninguém assistindo, eu gastei meu tempo com aquele conteúdo e não vai aparecer para mais ninguém” comenta a digital influencer.

Para lojas que têm interesse em expandir seu público e influenciadores que trabalham com patrocínio, é uma ótima forma de começar a pensar em um conteúdo voltado ao padrão da rede social, mas também é válido pensar em algo único, usando as hashtags que mais se assemelham ao público que deseja atingir.

“O TikTok entrega o conteúdo mesmo pra quem não te segue, sendo essa a grande vantagem da plataforma, se sobressaindo entre as outras. Eu posso estar criando o melhor conteúdo do mundo no Instagram, mas se a pessoa não me segue, dificilmente ela terá acesso. O TikTok entrega mais, mostra para pessoas que ainda não te seguem. Assim é mais fácil viralizar e encontrar seu nicho”, esclarece Iasmin.

O início

Assim como todas as redes sociais, é preciso um pouco de tempo e perseverança para conseguir alcançar o seu público. Com o diferencial da entrega de vídeos para as pessoas que ainda não te seguem, é preciso apenas um pouco de paciência para que os conteúdos sejam visualizados por quem tem interesse.

“No começo, estava bem devagar. A primeira semana as visualizações de todos os 7 vídeos da semana, totalizavam 100 visualizações. No começo eu tive de ter muita paciência, principalmente por conta do formato dos meus vídeos, já que eu não faço dancinha e nem canto, meus conteúdos são apenas eu falando, vídeos de mais de um minuto sobre livros. Demorou um pouquinho para encontrar o meu público, mas na segunda semana já estava perfeito, tinha encontrado meu público e meus vídeos eram bem distribuídos” clarifica Iasmin.

Futuro na plataforma

Para os que já começaram a produzir, o futuro é promissor. A plataforma continua em alta e tendência tanto no Brasil como no mundo, sendo um ótimo lugar para se conhecer consumidores e parcerias.

“Minha perspectiva para o futuro na plataforma é bem otimista. Com dois meses, já estive em contato com 5 ou 6 escritores nacionais querendo fazer parceria comigo, já tive contato com várias editoras. Fui convidada para conversar na Unesp sobre os vídeos que eu crio no TikTok. Eu nunca me atreveria a pensar que isso poderia um dia chegar a acontecer. Se em dois meses eu alcancei muito mais do que eu imaginava, eu já nem sei mais o que esperar do futuro”, explica Iasmin. (Especial para O Hoje)