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sábado, 23 de novembro de 2024
Inédito

Moda e história: exposição revela o guarda-roupa da mulher goiana da década de 50/60

Período foi marcado por revoluções sexual e feminina, que mudaram a forma como as mulheres se expressavam

Postado em 2 de abril de 2022 por Augusto Sobrinho

Se você é amante de moda e história goiana, saiba que estes dois assuntos estarão expostos entre os dias 06 de abril e 06 maio, na Galeria 588 Art Show em Goiânia. Um acervo inédito de vestidos, calçados, bolsas, revistas de moda, acessórios, artefatos de toalete e documentos, que datam de 1960, farão parte da mostra que promete evidenciar um rico universo carregado de beleza, cores, texturas e recordações. 

“Dos Pés à cabeça: Retratos da Mulher Goiana por um Guarda-roupa de 1960 – 1970”, como foi batizada a exposição, vai abrir as portas de um antigo guarda-roupa da colecionadora goiana Zilca Rodrigues de Lima. O objetivo é retratar a importância da moda como forma de expressão e interação da mulher goiana e a diversidade de papéis que ela ocupava em casa, no trabalho e na vida social.

Nascida no município de Serranópolis-GO, em setembro de 1939, Zilca diz ter guardado os itens com muito amor e cuidado por cerca de 50/60 anos. A década de 60 foi um momento revoluções: sexual, feminina, musical, artística e tantas outras que surgiram, em um crescente jogo de quebrar barreiras e repensar padrões. Para as mulheres goianas não foi diferente, abraçaram as novidades e as adaptaram à cultura local.

Na transição dos anos 50 para os anos 60, mulheres jovens eram vistas cortando suas saias nas ruas de Londres. Enquanto isso, o Brasil vivia um momento de riqueza musical em meio a festivais de Música Popular Brasileira (MPB) e uma juventude expressiva e contestadora. As cantoras Nara Leão, Elis Regina, Gal Costa e Rita Lee se destacavam na mídia naquele momento e fizeram moda com seus looks modernos.

Aos poucos, mais consumidoras foram se rendendo às novas peças que deixaram de ser tendência e se tornaram atemporal. Segundo a colecionadora, Zilca, usou e abusou desse ícone. Em seu acervo, foram encontradas minissaias variadas, de cores impactantes ou neutras, com pregas, passantes para o uso de cintos, bolsos falsos, botões e tecidos com textura marcante.

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