Abertura de inquéritos por crimes associados ao nazismo crescem exponencialmente no Brasil
As principais denúncias são por associações de ideias, símbolos e declarações contra a população judaica, negra e contra deficientes e homossexuais
De acordo com dados da Polícia Federal, nos últimos três anos a corporação abriu 250 inquéritos para investigar casos associados ao nazismo, como ideias, símbolos e declarações. Quando comparados, é possível perceber que os números das denúncias crescem exponencialmente a cada ano. Em 2018, foram 20 inquéritos; em 2019, foram 69; em 2020, a quantidade saltou para 110.
Dentre as principais denúncias, destacam-se crimes de ódio contra judeus, negros, deficientes e homossexuais. No entanto, a Polícia Federal diz que nos anos anteriores a 2018, o mais comum eram de 10 a 15 inquéritos dessa natureza.
O tema voltou à tona depois que o youtuber e apresentador do Flow Podcast, Bruno Aiub, conhecido como Monark, foi demitido depois ter afirmado durante um episódio do programa que apoia a criação de um partido nazista. Outro caso, foi do comentarista Adrilles Jorge que fez uma saudação nazista no programa de TV, na Jovem Pan.
Ainda, na década de 30, o Brasil foi o país fora da Alemanha que mais abrigou ideias nazistas, visto que o governo da época de Getúlio Vargas era favorável ao que diziam os antissemitas. Em 1937, foi criado um comício nazista em Porto Alegre com milhares de pessoas, inclusice o governador do Rio Grande do Sul, na época.