Invasão em Chernobyl deixou os níveis de radioatividade ‘anormais’, diz agência
Chernobyl foi invadida logo no primeiro dia da ocupação russa e sofreu corte de energia e das redes de comunicação.
A explosão da usina de Chernobyl foi o pior acidente radioativo da história, sendo que o local deve ser superprotegido até hoje pelos altos riscos que a radioatividade pode causar. Contrapondo isso, no dia 24 de fevereiro, tropas Russas ocuparam o local onde é localizada e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse que a situação teve mudanças por causa da movimentação.
Rafael Grossi, diretor-geral do AIEA, disse que a ocupação russa durante as 5 semanas foi extremamente perigosa. Ele está realizando a segunda visita esse ano à Ucrânia.
“Sobre o nível de radioatividade, eu diria que é anormal. Houve momentos em que os níveis subiram, devido à movimentação de equipamento pesado que as forças russas trouxeram para cá e quando saíram. Temos feito monitoramento diário”, falou Grossi sobre a situação.
A visita no momento é acompanhada de um grupo de especialistas para entregar equipamentos classificados por eles como vitais. Além de que devem reparar os sistemas de vigilância remota que não estão transmitindo para a sede da agência em Viena, na Áustria. O problema começou logo após o início da guerra.
Ocupação Russa
Chernobyl foi invadida logo no primeiro dia da ocupação russa e sofreu corte de energia e das redes de comunicação. Os soldados abandonaram a instalação no dia 30 de março.
A situação tem voltado gradualmente ao normal de acordo com os relatórios da AIED com informações do órgão regulamentador da Ucrânia. Além de Chernobyl, a Ucrânia tem hoje outros depósitos de resíduos e 15 reatores nucleares em quatro usinas em operação.