O uso das soft skills para impulsionar a carreira profissional
Por Adassa Bastos Jardim O mercado de trabalho mudou. Há alguns anos as empresas buscavam por profissionais com excelentes competências técnicas, ou seja, com diferentes graduações e conhecimentos práticos, que garantissem exclusivamente uma boa execução de tarefas e metas. Hoje, estudar em boas faculdades e ter experiências profissionais continua sendo importante, mas o mercado tem […]
Por Adassa Bastos Jardim
O mercado de trabalho mudou. Há alguns anos as empresas buscavam por profissionais com excelentes competências técnicas, ou seja, com diferentes graduações e conhecimentos práticos, que garantissem exclusivamente uma boa execução de tarefas e metas. Hoje, estudar em boas faculdades e ter experiências profissionais continua sendo importante, mas o mercado tem valorizado bastante as chamadas soft skills.
O termo, muito comum para as equipes de Recursos Humanos, se refere às habilidades comportamentais dos colaboradores. A forma como o profissional lida com o outro e as suas próprias emoções reflete diretamente no quanto as soft skills estão desenvolvidas. Empatia e inteligência emocional são exemplos de habilidades comportamentais que os recrutadores procuram. Segundo um estudo da plataforma LinkedIn, 92% das empresas já estão priorizando profissionais que apresentam habilidades de inteligência emocional desenvolvidas.
Por isso, é fundamental que os trabalhadores demonstrem capacidades para além dos conhecimentos técnicos como forma de conseguirem melhores oportunidades e agregarem mais valor para as empresas. No entanto, desenvolver tais comportamentos pode ser um grande desafio, ainda mais para aqueles acostumados com um mercado mais tradicional.
O primeiro passo é entender quais são os requisitos que a empresa onde o profissional deseja trabalhar mais procura. Descobrir como as habilidades individuais podem ajudar no coletivo da organização é uma forma de se destacar e contribuir para o crescimento da organização.
De forma geral, existem algumas soft skills que grande parte das empresas valorizam e devem estar no radar dos colaboradores. A inteligência adaptativa (capacidade de corresponder positivamente a novos cenários e desafios), empatia e accountability (pré-disposição em se responsabilizar pelo sucesso ou fracasso, que gera comprometimento e proatividade) são características que ganharam muita força com a pandemia provocada pela Covid-19 e serão ainda mais necessárias nos próximos anos. Além disso, a empatia e saber como trabalhar em equipe são requisitos para um bom profissional da atualidade.
Vale destacar a boa comunicação como uma das principais soft skills da atualidade, já que é fundamental não só para o ambiente corporativo, mas para o pessoal também. Em uma empresa onde não existe um fluxo de comunicação bem estruturado é difícil manter os colaboradores e líderes engajados. Para isso, treinar a oratória e o tom de voz é o caminho para que todos entendam o que está sendo comunicado.
É importante entender que o fato de o mercado hoje priorizar as habilidades comportamentais não significa que os conhecimentos técnicos devam ser deixados de lado. Manter sempre atualizado com as tendências dos negócios e se especializando juntamente com o desenvolvimento das habilidades emocionais é maneira para se tornar um profissional completo e alavancar a carreira.
O meio corporativo é exigente e está em constante mudança. Dessa forma, analisar o mercado e entender o que ele precisa é fundamental para que o profissional consiga se manter no emprego ou para almejar melhores oportunidades. Investir no desenvolvimento das soft skills é uma aposta segura e de longo prazo na carreira profissional, já que a tendência é que as empresas se tornem cada vez mais humanizadas e apegadas a profissionais com bom controle das suas emoções.
Adassa Bastos Jardim é gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Goiânia (Amcham-GO)