“Eles são muito eficazes”, diz diretor de presídio em Piauí sobre gansos usados como seguranças; Veja o vídeo
Outro problema é a deficiência do sistema, pois o estado tem 14 presídios e cerca de 600 agentes penitenciários. Para Sinpoljuspi, o necessário seriam 1.200 agentes.
Em um vídeo feito pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), mostra a deficiência do sistema carcerário do Estado. Na Penitenciária Regional Luiz Gonzaga Rebelo, em Esperantina, agentes utilizarem gansos para auxiliarem na fiscalização e segurança do local. Além disso, as celas estão superlotadas e faltam funcionários.
Nas imagens, os animais ficam na parte externa da penitenciária. O presidente do sindicato, Vilobaldo Carvalho, explicou que os animais são criados ali para servir de alerta aos policiais. “Parece brincadeira, mas é verdade. Os gansos percebem a movimentação de pessoas estranhas e fazem um barulho muito grande. Isso alerta os policiais militares que ficam do lado de fora da penitenciária”, afirmou ele.
O diretor da unidade carcerária, Agnaldo Lima, diz defender o uso dos gansos para a fiscalização, pois “eles são muito eficazes e até já ajudaram a abortar uma fuga de cinco detentos”.
Só em 2015, ano em que foi divulgado os animais no presídio, foram registradas 10 mortes dentro das unidades prisionais do Piauí. Conforme o Sinpoljuspi, a maioria dos assassinatos é resultado do confronto entre os detentos. A superlotação é um agravante são 2.108 vagas para 3.550 presos.
Outro problema é a deficiência do sistema, pois o estado tem 14 presídios e cerca de 600 agentes penitenciários. Para Sinpoljuspi, o necessário seriam 1.200 agentes.
De acordo com Agnaldo, os animais continuarão sendo usados para suprir o número insuficiente de agentes penitenciários e policiais militares do local, que é apenas um dos problemas no sistema.
Fuga em massa
No dia 5 de abril deste ano, dez presos fugiram da Penitenciária Professor José Ribamar Leite, a antiga Casa de Custódia de Teresina, no bairro Santo Antônio. O Sinpoljuspi informou que os presos estavam em uma cela no pavilhão I e conseguiram serrar as grades de cima da cela.
“Pelo que nos informaram, por volta das 4h em uma das rondas de rotina, os policiais penais encontraram uma teresa [corda improvisada com lençóis e roupas], quando já havia acontecido a fuga”, afirmou Vilobaldo Carvalho.