Goiás é o segundo estado com aumento nas taxas de morte por Covid-19
O aumento foi registrado em cinco estados brasileiros, são eles: Rio de Janeiro, Goiás, Pará, Minas Gerais e São Paulo
O número de casos e óbitos decorrentes da Covid-19 voltaram a aumentar na última semana. Ao todo cinco estados brasileiros registraram alta no aumento de mortes diárias. O estado que lidera o ranking é o Rio de Janeiro com aumento de 278%, seguido de Goiás com 50%, Pará registrou 25%, Minas Gerais 18% e São Paulo com índice superior a 15%. O estado goiano já contabiliza mais de 26 mil mortes pela enfermidade desde o início da pandemia, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
O boletim da SES-GO do dia 10 de maio aponta que há 1.338.207 casos de doença pelo (Covid-19) no território goiano. No Estado, há 768 mil casos suspeitos em investigação e 322 mil casos já foram descartados. Há 26.525 óbitos confirmados de Covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 1,98%. Há 320 óbitos suspeitos que estão em investigação. Até maio de 2020, no começo da pandemia, a SES-GO informou a existência de 1.093 casos da doença, destes 47 óbitos confirmados. Em maio de 2021 dados da pasta mostraram que já haviam 568.788 casos de doença no território goiano.
Já com relação às vacinas, o levantamento realizado pela SES-GO apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.738.844 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5.070.687 pessoas, e 2.093.546 pessoas já receberam a dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 45,68% já receberam uma dose da vacina.
Suspensão das medidas pode ser responsável pelo número de mortes
Especialista ouvido pelo O Hoje afirma que as medidas de proteção, especialmente o uso da máscara e distanciamento, podem reduzir a contaminação pela doença. Em Goiânia, o prefeito assinou o decreto que liberou o uso de máscara em locais fechados em 1º de abril. Aos poucos as cidades do Estado foram flexibilizando as restrições.
De acordo com o infectologista e professor de Medicina do Centro Universitário São Camilo – SP, Robert Fabian Crespo Rosas, essas suspensões contribuíram para o aumento do número de mortes. “Principalmente pela liberação do uso de máscaras em locais fechados e o aumento do número de aglomerações tanto públicos como privados. Isso aumenta automaticamente o número de casos positivos que inevitavelmente repercutirá no número de óbitos”, explica.
Caso a situação piore, o especialista acredita que o ideal seria retomar algumas restrições. “Seria prudente que as restrições voltassem principalmente para os eventos públicos que aglomeram mais pessoas ou ao menos voltar a obrigatoriedade do uso das máscaras em ambientes fechados”.
As medidas ideais para que a situação não piore, segundo Robert Fabian, é a retomada do uso de máscaras em locais fechados, vacinar e evitar aglomerações. “Em primeiro lugar deve lembrar que a pandemia não acabou. Em segundo lugar mantendo o uso da máscara em ambientes fechados. Também mantendo as medidas de higiene como lavar as mãos e utilizar álcool gel”, esclarece. Em caso de sintomas gripais a medida mais efetiva é o isolamento. “Tanto da família como do entorno de trabalho ou estudo durante 7 dias após a consulta médica e com o tratamento instituído”.