O clima mais ameno oferece boas harmonizações entre a alta gastronomia e os bons vinhos
As baixas temperaturas são raras por aqui, mas quando chegam são uma oportunidade de aproveitar tudo
Nossa Capital é conhecida pelas altas temperaturas, portanto, abusar dos looks de inverno e das comidas e bebidas quentes não são opções para os goianos. Acostumados com uma cerveja gelada, nesses próximos dias, segundo os meteorologistas, uma frente fria passa pelo Estado dando aos goianos a oportunidade de curtir poucos dias de casacos, cafés, alta gastronomia e bons vinhos. Para aproveitar essa combinação da melhor forma possível, a sommelière Cecília Aldaz, indica harmonizações de vinhos com carnes, peixes e queijos.
A chegada dos dias mais frios traz uma série de mudanças, surgem novas opções de entretenimento e lazer que normalmente os goianos são privados pelo clima quente que predomina durante o ano. Principalmente no sudoeste do Estado, as pessoas poderão se aventurar na experimentação de bons vinhos, queijos, além de poder preparar receitas especiais. Em Goiânia, há diversos estabelecimentos especializados que contam com profissionais que podem ajudar na escolha de rótulos e harmonizações.
Para beber vinho, não precisa de muitas regras. Porém, a escolha certa dos acompanhamentos pode deixar o momento inesquecível, a fim de saborear ao máximo a comida e o rótulo escolhido. “Os vinhos precisam de uma boa companhia para a experiência ser ainda melhor”, ressalta a sommelière. A harmonização ainda ganha espaço na gastronomia, em pratos com carne, peixes e queijos, que são sucesso nessa época. Dessa forma, Cecília Aldaz indica harmonizações incríveis para aproveitar cada gota de sabor.
Pinot Noir com salmão ou queijos
Diretamente do Chile, o Pinot Noir consegue ser muito versátil, sendo um vinho que vai muito bem com peixes, como o salmão, por exemplo. Já para quem gosta de uma harmonização um pouco mais brasileira, Cecília indica o queijo prato ou o queijo minas curado – o maasdam é uma opção mais apimentada. Porém, sempre com um toque bem moderado de sal para o sabor do vinho não competir com o queijo na boca. “Isso é o que chamamos de harmonização por lógica: combinamos as características do vinho com as da comida, o que garante o equilíbrio perfeito”, explica a sommelière.
Lopez de Haro com presunto cru ou cordeiro
Dentro das harmonizações, temos também a regional, que são vinhos acompanhados de comidas típicas do lugar. Lopez de Haro é um vinho elaborado com a uva Tempranillo, com a sua origem na Espanha, que produz vinhos redondos com taninos macios, que combinam muito bem com queijo manchego, típico da região. “Ficam ótimos com presunto cru, um prato salgado, mas que, com o vinho macio, ele consegue acompanhar e limpar toda a gordura da boca”, conta Cecília. E, por fim, o cordeiro, que é um clássico do local e acaba trazendo toda a sua suculência. A tradição comprova que, para quem não quer errar, essa harmonização é um sucesso.
Titular
Para a harmonização clássica, o vinho Titular, da região do Dão, possui uvas como a Touriga nacional, com toques mais florais, e a Alfrochedo, um pouco mais robusta. Portanto, combina muito bem com carnes. “A picanha é uma carne suculenta com gordura e, por isso, precisamos de um vinho que consiga limpar a boca, e ele é uma excelente opção”. São vinhos mais intensos, porém não agressivos, para que não haja contraste com o sal da carne. “Com o filet mignon também funciona, pois é menos gorduroso e tem muito sabor, deixando a harmonização ainda melhor”, completa.