Goiás registra o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos
O caso suspeito é de uma mulher de 43 anos, que mora na Capital
Goiás registra o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos, aponta informativo do Ministério da Saúde (MS). Foram notificados dois casos no Estado, um já foi descartado e outro permanece como suspeito. Em todo o país, foram notificados 80 casos de varíola dos macacos. Destes, 20 casos foram confirmados e 14 casos permanecem suspeitos.
No Estado, o caso suspeito é de uma mulher de 43 anos, que mora em Goiânia. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim, já foi realizada a coleta de amostras na paciente. “Algumas serão processadas aqui e outras enviadas para fora. Iremos aguardar os resultados para verificar se esse caso vai se confirmar ou não”, explica.
De acordo com o MS, considerado como suspeito o indivíduo que, a partir do dia 15 de março de 2022, tenha apresentado erupções cutâneas pelo corpo. Entre os sintomas, também estão a febre e o inchaço dos gânglios (linfonodos). O Ministério ressalta que, em caso de suspeita da doença, deve ser feito o isolamento imediato da pessoa e coletadas as amostras clínicas.
No primeiro semestre deste ano, a OMS foi notificada sobre 2.103 casos confirmados da varíola do macaco em 42 países, um caso provável e uma morte. De acordo com a pasta, a investigação desses casos está em andamento e as coletas para análise laboratorial foram realizadas.
Cenário nacional
No último sábado (18), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que deixaria de tratar de forma diferenciada os casos em países onde a doença é considerada endêmica, ou seja, com circulação o ano inteiro, e os demais países.
A OMS aponta que a varíola dos macacos era considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental. Contudo, nos últimos meses houve relatos da doença em diversos outros países não endêmicos, principalmente na Europa, que registra por 84% dos casos notificados.
Entre os dias 1º de janeiro e 15 de junho deste ano, a OMS foi notificada sobre 2.103 casos confirmados da varíola do macaco, em 42 países, assim como um caso provável e uma morte.
Transmissão
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS descreve quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados. Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.
“Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período e/ou ter resultado positivo para um teste sorológico de orthopoxvirus na ausência de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida ao vírus”, informa o Ministério da Saúde.