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domingo, 22 de dezembro de 2024
Violência Sexual

Rede pública de saúde de Goiás registrou 40 abortos legalizados em 2021

Goiás registrou 40 abortos legalizados realizados por vítimas de estupro na rede pública estadual, aponta o Hospital Estadual da Mulher

Postado em 29 de junho de 2022 por Alexandre Paes

Somente em 2021, Goiás registrou 40 abortos legalizados realizados por vítimas de estupro na rede pública estadual, aponta o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o Hemu é o único hospital publico a fazer o procedimento legalizado no estado.

No hospital, o procedimento é oferecido desde 2005. De acordo com a instituição, na rede pública, o aborto legalizado é feito seguindo as instruções da portaria nº 2.561, do Ministério da Saúde, que foi publicada em 23 de setembro de 2020. O aborto legal é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é permitido em três casos, de acordo com a legislação brasileira:

  • Gravidez decorrente de estupro;
  • Com risco à vida da gestante;
  • Quando há diagnóstico de anencefalia do feto.

Segundo o Hemu, ao todo, contando com os casos decorrentes de violência sexual, foram realizados 48 procedimentos na rede estadual desde o início de 2021. Destes, 18 ocorreram este ano em pacientes com idades entre 11 e 39 anos. No entanto, a maior parte tinha de 20 e 35 anos.

No Hemu, a médica especialista em medicina do adolescente e coordenadora do ambulatório de apoio à vitima de violência sexual, Marce Divina de Paula, explica que as mulheres chegam até o hospital em busca do procedimento por “livre demanda” ou por encaminhamento.

“Pelo Código Penal Brasileiro, se exige apenas a vontade da mulher. Não se diz que precisa se ordem judicial e nem que precisa de um defensor. O código exige que se respeite a vontade da pessoa”, diz Marce.

De acordo com a médica Marce Divina, quando uma mulher dá entrada no Ambulatório para a realização do procedimento, ela é atendida por uma equipe multiprofissional, que conta com médicos, psicólogos e assistentes sociais. “Ela é recebida por uma enfermeira, consulta com um médico e expressa o que ela deseja fazer”, explica a coordenadora do ambulatório.

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