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sábado, 21 de dezembro de 2024
Chama o bombeiro

Focos de incêndios florestais em parques caem 80% em Goiás

Em relação a 2020, no entanto, houve um aumento significativo

Postado em 11 de outubro de 2022 por Redação

Por Luan Monteiro e Sabrina Vilela

A área queimada por incêndios florestais em unidades de conservação (UCs) teve redução de 80% em Goiás durante a estiagem deste ano. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) comparam os mesmos períodos de 2022 e 2019. Em 2019 foi de 24.409 hectares, já este ano está em 4.670 hectares. 

Em nota a Semad destaca que houve um aumento da área queimada em relação a 2020, contudo, quando comparado a 2019, ainda é notório uma queda de 19% da área queimada. Quando comparado com o ano de 2019 em relação a 2022, a redução na área queimada é de aproximadamente 80%.

Informações disponibilizadas no site do Corpo de Bombeiros apontam que incêndio em vegetação foram 7.533, em cultura agrícola são 99, em áreas protegidas foram  108, e em áreas públicas e particulares são  1.043. Todos os dados foram contabilizados entre os meses de janeiro a setembro de 2022.

Como destaca a titular da Semad, Andréa Vulcanis, a redução é resultado do trabalho preventivo iniciado em 2019, a exemplo de aceiros e contratação de brigadas de incêndio. “Hoje Goiás conta com seis polos de brigadas que combatem incêndios florestais em todas as regiões”, esclarece.  Em 2022, a brigada já realizou 78 combates no interior e entorno das unidades de conservação estaduais, totalizando mais de 718 horas de trabalho.

Medidas

A secretária lembra ainda que, além do trabalho de prevenção adotado pelo Governo de Goiás, por meio da Semad e Corpo de Bombeiros, a população tem grande responsabilidade no processo de proteção das unidades de conservação. E lamenta que quase 100% das ocorrências de incêndios florestais sejam em decorrência de ações humanas. “São pessoas que ainda jogam restos de cigarros às margens das rodovias, que ateiam fogo em lixo doméstico”, alerta Vulcanis.

Sobre as causas dos incêndios a pasta afirma ainda que são multifatoriais. “Entre elas estão a limpeza de pastagem nativa e plantada, manejo inadequado do fogo durante a queima de resto de tratos culturais e florestais, realização de aceiros negros, limpeza de lotes baldios, caça ou até mesmo ação criminosa, tudo isso agravado por questões climáticas como longos períodos de estiagem na região. 

Segundo a superintendente de Unidades de Conservação e Regularização Ambiental da Semad, Mariana Moura, as ações preventivas começam no início de janeiro. Essa é uma forma de proteger as UCs assim que começarem o período de estiagem.

As principais ações desenvolvidas foram elaboração e atualizados os Planos Operativos de Prevenção e Combate a Incêndios para todas as unidades de conservação do grupo de proteção integral, totalizando 14 planos; realização de  aceiros mecânicos nos parques estaduais que estão sob a posse e domínio público; quatro cursos de formação de brigadistas; realização da licitação, tipo  Pregão Eletrônico, para a contratação de pessoa jurídica especializada na prestação de serviço de prevenção e combate a incêndios florestais.

Sob a tutela do documento, órgãos que integram o Comitê Estadual de Gestão de Incêndios Florestais adotaram, conforme suas competências, medidas necessárias para prevenir ou minimizar as ocorrências e os efeitos das queimadas. O Cimehgo monitora os focos de queimadas e emite boletins e mapas com prognósticos de risco de incêndio e áreas de maior probabilidade de ocorrência em todo o Estado.

Outra medida adotada pelo Governo de Goiás foi a ampla divulgação de campanha de conscientização acerca dos impactos causados pelos incêndios florestais. A peça publicitária que coloca a população como ator importante nas ações de prevenção às queimadas chegou até os goianos por meio de canais de TV, rádios e outdoors.

Ações individuais

No estado de Goiás existem 24 unidades de conservação estaduais – 13 parques, uma  estação ecológica, uma floresta estadual, oito áreas de proteção ambiental e uma área de relevante interesse ecológico – administradas pela Semad. Além de outras municipais – administradas pelos órgãos municipais de meio ambiente – e federais administradas pelo ICMBio. 

Para minimizar os incêndios em parques são necessárias várias ações coordenadas. Como realização dos aceiros, sinalização, orientação do visitante, da comunidade do entorno, campanhas educativas, capacitações contínuas e até contratação de brigadas especializadas, conforme afirma a Semad. 

Monitor de Queimadas

Em junho, durante a Semana do Meio Ambiente, a Semad também lançou mais uma importante ferramenta tecnológica na proteção dos recursos naturais. O Monitor de Queimadas alia precisão de satélites ambientais com geotecnologia e detecta pequenos focos de incêndios de até três metros quadrados, permitindo assim a previsibilidade de utilização de mão de obra necessária ao combate. 

A ferramenta opera uma rede de proteção e disseminação de informações entre todos os órgãos parceiros. Integram a rede Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, as defesas civis municipais, secretarias de Meio Ambiente dos municípios, coordenações de UCs e demais órgãos da Administração Pública.

As denúncias podem ser realizadas via Ouvidoria: 

– Pela Internet: www.cge.go.gov.br/ouvidoria

– Presencial nos Órgãos, Entidades e Unidades Vapt-Vupt;

– Telefone 0800-000 0333

– Email – [email protected]

– Carta: Rua 82 nº 400, Palácio Pedro Ludovico Teixeira, 3º Andar, Setor Sul, CEP: 74.015-908.

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