‘Tem problema não’, Clara Barreto canta sucessos no ‘Papo Xadrez’
Do ‘Rainha da Pinga’ ao ‘Vai toma no bar’, a cantora não deixou nada de fora
Guilherme de Andrade
A trigésima quarta transmissão ao vivo do ‘Papo Xadrez’ aconteceu nesta segunda-feira (10) com a cantora Clara Barreto. Esse episódio é o segundo da série dedicada à música e nele rolou muita música sertaneja. Clara trouxe seus maiores hits, fez covers de clássicos do gênero, e trouxe até um pouco do gospel para o podcast. O episódio transmitido essa semana continua disponível na íntegra pelo canal Youtube ‘Papo Xadrez’.
Como de costume, os apresentadores dão início ao bate-papo falando das origens da convidada. Clara conta que nasceu no Rio de Janeiro, foi criada no interior de São Paulo (de onde vem o sotaque dela) e logo no início da vida adulta se mudou para Goiás. Foi em Catalão que a influência musical que veio da família começou a tomar a forma que conhecemos hoje: nos bares da cidade ela inicia a carreira como cantora sertaneja.
Clara conta que se interessou por música ainda na infância por influência do irmão. “Ele estudava 2 ou 3 horas por dia, todos os dias”, conta. No início, devido a timidez, ela cantava apenas na igreja, e foi só com o tempo que ela decidiu se dedicar a outros gêneros. Hoje ela conta que “a melhor escola que eu tive foi o bar”. Foram nas apresentações nos bares goianos que ela foi montando seu repertório, aprimorando sua voz e criando suas redes de contatos dentro do mercado da música sertaneja.
Respondendo a questão “Você já pensou em desistir?”, Clara não esconde nada: “Eu quis desistir mesmo na pandemia”. O momento forçado de isolamento social, longe da família, e com a renda comprometida foram dificultadores para a cantora que se viu longe dos palcos. Foi graças à ajuda de amigos e dos vizinhos do prédio em que morava que ela conseguiu fazer duas lives nas redes digitais durante os momentos mais críticos do isolamento social que estimularam ela a seguir no caminho que está hoje.
Foi tocando em um bar do setor Marista que Clara conheceu seu empresário, que pouco tempo depois a levou na produtora para a qual a cantora trabalha hoje. No início, ela ouvia dos contratantes falas como “a gente não contrata mulher aqui e muito menos sem ser dupla”, e por isso Clara valoriza muito as primeiras indicações que teve. Dos conhecidos do bar, para a produtora onde trabalha hoje, chegando ao seu primeiro DVD que logo depois puxou o segundo: depois da primeira oportunidade, Clara mostrou sua qualidade e consolidou seu nome no mercado.
Os apresentadores contam
A apresentadora Ananda Leonel, após a transmissão, ressalta a simpatia da cantora: “um bate-papo leve, uma pessoa muito tranquila de se conversar”. Muitos elogios vêm para a cantora quando ela começa a dar uma palhinha para o público do podcast. “Seja com as músicas dela mesmo, seja com algum cover dos artistas clássicos, ou até na música gospel: a voz da Clara deu um toque especial em tudo que ela cantou para nós”.
Felipe Cardoso, que também está na apresentação com Ananda, reforça os comentários da colega e adiciona: “a trajetória de Clara conversa com muita gente, já que, como muitos cantores, ela deixou o interior, sozinha, e veio para Goiânia tentar carreira no sertanejo”. O apresentador destaca as dificuldades que Clara enfrentou por se lançar sozinha num mercado onde predominam as duplas e os homens. Ele finaliza dizendo: “Tem muito sucesso vindo por aí!”.
Nas últimas transmissões
Clara Barreto vem ao ‘Papo Xadrez’ representando o sertanejo no mês dedicado à música do podcast, mas até aqui muitos outros assuntos já estiveram em pauta no estúdios do jornal ‘O Hoje’. Da música à política, da religião ao sistema judicial: nenhum assunto fica de fora! As mais de trinta transmissões ao vivo do podcast, incluindo a desta semana, continuam disponíveis na íntegra para acesso pelo canal Youtube ‘Papo Xadrez’.
Na semana passada, os apresentadores Felipe e Ananda estiveram com Bujo e Antonini, os rappers do duo ‘7 Copas’. Os goianos compartilharam suas trajetórias pessoais e profissionais, falando inclusive das dificuldades de se dedicar a um gênero marginal num mercado dominado pelo sertanejo. Na 33° transmissão ao vivo do podcast, os cantores e compositores goianos questionam: “Quem disse que em Goiás tem só música sertaneja?”.
Em seu 32° episódio, o ‘Papo Xadrez’ convidou os representantes da escola Saga para um bate-papo sobre a cultura gamer e as novas ferramentas digitais dominantes no mercado de trabalho. Hiago Gonçalves e Thiago Galiza vão ao podcast e mostram a força que esse setor conquistou no mercado de trabalho nos últimos anos. “De 2014 pra cá, o Brasil tinha 140 empresas de desenvolvimento de jogos, hoje, o Brasil já tem mais de 1100 empresas”, finalizou otimista o coordenador da maior escola gamer da América Latina.