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sábado, 23 de novembro de 2024
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‘Escola do grau’ atrai motociclistas e até policiais com aulas sobre como empinar moto, em SP

Conhecido como ‘grau’, a manobra de empinar motos é proibida pela legislação de trânsito, mesmo assim tem se popularizado em ruas e avenidas brasileiras

Postado em 4 de novembro de 2022 por Ícaro Gonçalves

Um grupo de motociclistas de São Paulo se juntaram para criar a ‘Escola do Grau’, onde ensinam a manobra arriscada de empinar motos com as rodas traseiras. Conhecido como ‘grau’, a manobra é proibida pela legislação de trânsito, mesmo assim tem se popularizado em ruas e avenidas brasileiras.

A ideia da escola foi do ex-instrutor de trânsito, Rodrigo Buzulini. A empresa se denomina como um serviço privado que não se responsabiliza pela prática de seus alunos em vias públicas. Devido a polêmica, a escola não é cadastrada como Centro de Formação de Condutores (CFC), nem cadastrada no Detran.

Para Buzulini, a manobra tem sido defendida como um esporte, chamado de “wheeling”. Ele se tornou muito comum e atingiu diversos públicos. “Já tive alunos policiais, é comum virem aqui para aprender a dar grau. Eles sabem que tem que empinar em um lugar seguro, por isso vêm para descontrair”, afirma o instrutor em entrevista ao portal Uol. “O Brasil não é o país do futebol, é o país do grau”, defendeu.

Leia também: Acidentes com motos custaram R$ 75 milhões à saúde de Goiás em 15 anos

Aulas

Rodrigo desenvolveu máquinas para dar segurança aos alunos durante as aulas. “O equipamento de grau é muito caro, por isso fiz um projeto com adaptações. Criei um modelo mais pesado para não ter o risco do aluno cair enquanto empina e modifiquei a estrutura para o motoqueiro não prender o pé”.

A Escola do Grau já tem dois anos de funcionamento. Buzulini conta que a má fama da prática já causou dificuldades, entre elas problemas com a fiscalização da prefeitura.

“Várias vezes já bateram na porta da escola cobrando documentação, mas sempre tivemos tudo regularizado. Temos reclamações de vizinhos, de seguidores. Vivem comentando no nosso perfil do Instagram coisas negativas. Inclusive disseram que estamos criando fugitivos da polícia”, lamenta.

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