O ‘Papo Xadrez’ trouxe para seu público nesta segunda-feira (7) um pouco dos bastidores do mundo da ginástica artística. Os convidados foram Mário Sérgio Borges Almeida, ex-atleta e técnico, e Raíni Vinhal, ginasta atuante, que juntos representam a escola MS ginástica artística. O episódio transmitido ao vivo continua disponível na íntegra pelo canal do YouTube ‘Papo Xadrez’, mas você pode acompanhar os cortes desse papo por meio do perfil Instagram @xadrezpapo.  

Mário Sérgio conta que na infância precisou aprender a empreender, mesmo que não visse dessa forma na época. Ginasta desde os nove anos, ele aprendeu a fazer e vender pão de queijo e pequenas bijuterias para complementar a renda da família e se manter no esporte que despertou sua paixão. A determinação valeu a pena: Mário foi tetracampeão nacional, se tornou técnico e hoje está à frente de uma das maiores escolas do País para a modalidade. “Esse esporte me fez manter focado em coisas benéficas”, reforça a influência positiva do esporte em sua vida. 

A atleta da MS ginástica artística, Raíni Vinhal, serve como exemplo dos desejos de Mário para suas alunas. Ainda aos 14 anos ela já dá sinais claros de força, determinação, foco e inteligência emocional de dar inveja em muitos adultos. Apesar da rotina cansativa, Raíni tem certeza das metas que estabeleceu para si e das capacidades que tem para realizá-las. “A ginástica me salvou de muita coisa que eu sei que eu ficaria muito mal se eu tivesse sozinha”, reforça também a importância da escola para além dos limites do ginásio.

A escola MS de ginástica artística nasceu de forma muito natural, conta seu fundador, Mário Sérgio. A experiência como atleta, após uma graduação em educação física, o levou para a posição de treinador. Desse ponto, depois de viver experiências negativas no mercado, ele chegou a conclusão: “só vou trabalhar se for para mim”. Hoje, a MS possui sete unidades espalhadas pelo País, mais de dois mil alunos, e seus planos para o futuro são apenas de crescimento.  

Um dos pontos mais importantes abordados na transmissão foi a dificuldade de se manter um negócio como esse. Além da dedicação cotidiana, existe a questão financeira: equipamentos, aluguel de espaço apropriado, profissionais qualificados, viagens para competições, além do desejo de remunerar os atletas, tudo pesa no cotidiano da escola. “Meu modelo é os Estados Unidos, lá a ginástica é lucrativa e existe uma rotatividade dos atletas”, conta Mário ao criticar os investimentos incertos que se tem no Brasil. 

Na voz dos apresentadores

A apresentadora Ananda Leonel, após a transmissão, destaca o papel extracurricular que a escola desempenha na vida das ginastas em formação. “Aquelas meninas ficam quase metade dos seus dias no ginásio, se dedicando à ginástica, então é essencial que exista essa preocupação da escola em de fato agregar na criação dessas adolescentes”, resume o sentimento. A apresentadora finaliza destacando a necessidade de um maior apoio, em todos os níveis de atuação da modalidade, a fim de garantir a função social do esporte.

Felipe Cardoso, colega de Ananda na apresentação, reforça a importância de uma atenção pública para esses atletas. “Recentemente, Rebeca Andrade trouxe um ouro mundial na modalidade aqui para o Brasil. Imagine quanto mais nossos atletas não poderiam fazer se tivessem a devida atenção”, compartilha o questionamento. O apresentador não poupa elogios à determinação, foco e habilidade de Raíni e conclui dizendo: “precisamos ter mais jovens com essa postura e comprometimento”.  

Nos últimos episódios

Mário Sérgio e Raíni trazem um pouco do mundo da ginástica artística para o ‘Papo Xadrez’ em seu 38º episódio, mas até aqui muita conversa já aconteceu nos estúdios do jornal ‘O Hoje’. Os representantes da escola MS ginástica artística se juntam a figuras como o produtor musical Ivan Miyazato, o advogado ruralista Djalma Rezende e o trio de pagode Kamisa 10 como convidados do podcast. Toda segunda-feira um novo episódio vai ao ar, às 19h pelo canal do YouTube ‘Papo Xadrez’.

Na semana passada, os apresentadores Ananda e Felipe tiveram um encontro com o trio de pagodeiros na terra do sertanejo, o Kamisa 10. Erlon, Pitchula e Angelo contam desde o início do grupo, ainda em 2014, passando por um momento de reformulação, em 2018, até alcançarem o sucesso de hoje. Falando sobre a diferença de idade que existe entre os integrantes, Erlon contradiz o que muitos pensam e afirma que as divergências acabaram somando: “essa diferença de idade somou bastante para o projeto, cada um trouxe o melhor de cada geração”, finalizou.

A 36ª transmissão ao vivo do podcast aconteceu com a cantora e compositora Maduli. Maria Eduarda Limongi, como também é conhecida, estreou no mercado musical com seu single ‘Sinal’, que foi lançado em Agosto deste ano. Apesar do malabarismo entre um emprego de meio período, as aulas da faculdade de engenharia e a vida como artista, Maduli já se destaca. Antes mesmo de soltar seu primeiro single ela já ocupava alguns dos maiores palcos do Estado, como os dos festivais Vaca Amarela e Goiânia Noise.