Accorsi é cotada em possível ministério e Edward pode assumir cadeira na Câmara
Os ministérios de Lula ainda são um mistério. Entre os cotados, contudo, já é citado o nome da Delegada Adriana Accorsi, eleita deputada federal, para a Segurança Pública
Nenhuma informação é, de fato, concreta quando o assunto são os ministérios do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nem sobre os nomes e nem sobre a quantidade de pastas que podem compor o governo – e quais. Entretanto, entre as possibilidades discutidas pelos bastidores está a criação do Ministério da Segurança Pública, tendo um dos possíveis nomes o da deputada federal eleita, Delegada Adriana Accorsi (PT).
Caso isso se concretize, a Câmara Federal abre uma vaga e quem assume é o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT), primeiro suplente de Accorsi. A petista teve 96,7 mil votos no pleito deste ano. O professor, 54,9 mil, o segundo mais votado entre os não eleitos.
Ao Jornal O Hoje, Edward afirmou que ouviu o assunto [do ministério] pela primeira vez entre o primeiro e segundo turno, no caso de vitória de Lula – que se confirmou. “Agora estou acompanhando, internamente não participei de nenhuma conversa. Mas imagino que já seja tratado em Brasília, pela equipe de transição”, argumenta. “Mas eu estou ciente”, reforça.
Para Edward, a possibilidade de Adriana entrar neste ministério é muito importante. Inicialmente, ele cita que a indicação levaria em conta a trajetória da delegada, que seria uma quadro importante e com experiência.
“Além disso, é importante para Goiás ter um espaço relevante no Governo Federal, apesar do Lula não ter vencido aqui.” Edward cita que, mesmo com o favoritismo de Bolsonaro, o ex-presidente e agora presidente eleito teve votação importante no Estado.
Vale citar que o petista teve 41,29% dos votos válidos contra 58,71% do atual chefe do Executivo federal. Muitos atores políticos bolsonaristas acreditavam que Bolsonaro “bateria” os 70% em Goiás. Nacionalmente, a vitória de Lula foi de 50,9% a 49,1%.
“O Estado mostrou força na disputa”, continua o ex-reitor da UFG. Ainda segundo ele, também seria uma forma de reconhecer outras vitórias, como o fato da bancada na Câmara ter sido dobrada (foi de um para dois deputados) e a estadual ter crescido 50% (de dois para três). “Foi um desempenho interessante”, cita a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) que passou perto do quarto petista eleito.
Em relação ao seu papel, caso assuma uma cadeira no Congresso, Edward afirma que levará adiante a iniciativa da bancada da educação. “De uma forma ou de outra trabalharei por isso. Mas estando lá é diferente.”
Goianas cotadas
Accorsi não é a única goiana cotada para assumir um ministério de Lula. Corre, ainda que timidamente, o nome da médica goiana Ludhmila Hajjar para o Ministério da Saúde. A informação foi divulgada pelo Poder360, site especializado em política de Brasília, dirigido pelo jornalista Fernando Rodrigues.
A médica, que carrega no currículo atendimento com grandes personalidades. De Anápolis, ela é cardiologista e chegou a ter o nome ventilado para compor a pasta de Saúde do atual presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal. A maneira com que Bolsonaro tratou a pandemia do novo coronavírus afastou a profissional da proposta.
Ainda conforme o site Poder360, Ludhmila Hajjar é aposta do Congresso Nacional e do ministro Gilmar Mendes, um dos membros que a cotaram no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Mendes, a médica também atende o ministro Dias Toffoli. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), é outro que enxerga em Hajjar um bom nome para a pasta.