‘1899’: artista brasileira denuncia plágio em série da Netflix
A denúncia foi feita pelo Twitter na madrugada de domingo (20/11), e já ultrapassou 188 mil curtidas e 55 mil compartilhamentos
Uma ilustradora e quadrinista brasileira chamada Mary Cagnin acusou os produtores da série ‘1899’, da rede de streaming Netflix, de plagiar o enredo da história em quadrinhos (HQ) Black Silence, lançada por ela em 2016. A denúncia foi feita pelo Twitter na madrugada de domingo (20/11), e já ultrapassou 188 mil curtidas e 55 mil compartilhamentos.
A série foi produzida na Alemanha e lançada na última quinta-feira (17/11). A trama segue um grupo de migrantes europeus que saem de Londres em um navio a vapor para começar uma nova vida na cidade de Nova York. Em certo momento, os viajantes cruzam com um outro navio até então desaparecido, o que dá início a uma série de eventos anormais e inexplicáveis.
Com alguns spoilers da série, Mary Cagnin comparou sua história com a recém-lançada no streaming.
“Em 2017, fui convidada pela embaixada brasileira a participar da Feira do Livro de Gotemburgo, uma feira internacional muito famosa e influente na Europa. Participei de painéis e distribuí o quadrinho Black Silence para inúmeros editores e pessoas do ramo. Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês”, explicou.
Mary cita uma lista de semelhanças entre sua HQ e a série ‘1899’. “A pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas”, elenca Mary.
“Já chorei horrores. Meu sonho sempre foi ser reconhecida pela meu trabalho nacionalmente e internacionalmente. E ver uma coisa dessas acontecendo realmente parte meu coração. Sabemos que no Brasil temos poucas oportunidades para mostrar nosso trabalho e ser reconhecido por ele”, desabafou.
O Hoje não conseguiu contato com a Netflix até a última atualização desta notícia. O espaço segue aberto para manifestações.
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