Depois de dois nomes conhecidos pelo eleitorado goiano – Lêda Borges (PSDB) e Adriana Accorsi (PT) – alcançarem Brasília, no dia primeiro de fevereiro tomam posse quatro deputadas, ou seja, duas a mais do que na legislatura anterior. São elas: Vivian Naves (PP), Bia de Lima (PT), Zeli (PRTB) e Rosângela Rezende (Agir). 

Ao passo que Bia de Lima (PT) é uma voz conhecida do sindicalismo, sobretudo em prol da educação, Vivian Naves (PP), é uma conhecida primeira-dama, casada com o prefeito de Anápolis, Roberto Naves.

Bia de Lima é professora, foi presidente do Sintego e da Central Única dos Trabalhadores (PT). Ao lado de lideranças feministas e negras, Bia promoveu, ao lado de companheiros, como o vereador e deputado estadual eleito Mauro Rubem, manifestações favoráveis à valorização do trabalhador, principalmente do serviço público. 

Com vozeirão estridente, Bia é a típica liderança que vai se enfiando no meio dos poderosos para conseguir alguma coisa para aqueles que defende. É dessa forma que, com a autoridade parlamentar, ela deverá fazer história. Com a auto-estima lá em cima, já que tem o presidente da república do seu partido, Bia deverá se locomover como uma reticência da oposição, embora tenha perfil de diálogo. Basta entender como se deram algumas das negociações complicadas durante ameaças ou greves efetivamente. 

Já Vivian Naves, de maneira mais discreta, mas sensível aos problemas sociais, pelo menos de Anápolis, deverá ter um protagonismo no municipalismo, sempre a tiracolo a experiência do marido e de um dos interruptores que a levaram à Alego: o ex-ministro e ex-deputado Alexandre Baldy, presidente do PP em Goiás. 

Zeli Fritsche (PRTB) é vice-prefeita de Valparaíso pelo segundo mandato. Com uma votação extraordinária no Entorno do Distrito Federal, ela é fundamentalmente mais uma força do caiadismo dentro do legislativo goiano. De quebra, Zeli galga a mais um passo no poder para fortalecer o aliado Pábio Mossoró, chefe do executivo municipal de Valparaíso.

Outra conquista da força feminina no legislativo é a de Rosângela Rezende. Médica, ela é filha do ex-deputado e ex-governador Agenor Rezende. A deputada eleita afirmou, em entrevista à TV Alego, que pretende trabalhar pelos direitos da mulher, pelo agronegócio, pela saúde e pela infraestrutura. 

Ainda segundo ela, a ideia é atuar, não apenas por sua cidade, mas por toda a região, que está muito carente de obras. “Há duas estradas, por exemplo, que foram abertas pelo meu pai, na época que ele foi governador, as quais, até hoje, 28 anos depois, continuam sem pavimentação. Isso é um absurdo”. Política, mas atenta às demandas sociais, foi secretária de Saúde de Mineiros durante a pandemia causada pelo novo coronavírus e acredita que a sua experiência no enfrentamento da crise será trazida para o Parlamento goiano.