Ação judicial da prefeitura de SP quer retorno de energia
Mais de 200 mil imóveis ainda estão sem energia elétrica desde o apagão da sexta-feira (11)
A prefeitura de São Paulo entrou com uma ação judicial contra a Enel. O objetivo é que a distribuidora restabeleça imediatamente a energia elétrica em vários pontos da cidade. Caso a determinação não seja cumprida, a multa será de R$ 200 mil por dia. A petição foi enviada na segunda-feira (14) à 2ª Vara de Fazenda Pública.
Mais de 200 mil imóveis ainda estão sem energia elétrica desde o apagão da sexta-feira (11). De acordo com o boletim divulgado na tarde desta terça-feira (15), a situação atinge mais de 1,6 milhão de pessoas. Durante o fim de semana, a população enfrentou transtornos semelhantes aos de eventos anteriores, como em novembro de 2023 e janeiro deste ano.
Leia mais: Mais de 500 mil clientes seguem sem energia na grande São Paulo após forte temporal
A petição explica que a falta de energia foi causada por um evento climático extremo. Vendavais derrubaram 386 árvores, algumas delas próximas à fiação elétrica. A prefeitura também aponta a inércia da Enel, que não fez os manejos necessários a tempo. Até a manhã de domingo (13), quase 48 horas após os vendavais, mais de 900 mil pessoas ainda estavam sem energia.
Ação judicial e o Plano de Contingência
Ainda segundo o documento, em 14 de setembro, às 05h40, mais de 530 mil residências e estabelecimentos continuavam sem eletricidade. A prefeitura ressalta o “estado de crônico descumprimento” da Enel em relação ao Plano Anual de Podas de 2023. Além disso, a concessionária não apresentou um Plano de Contingência adequado para as dimensões da cidade.
Diante da gravidade da situação, a ação judicial representa uma tentativa de pressionar a Enel a agir. A falta de energia afeta diretamente a vida dos cidadãos e o funcionamento dos serviços essenciais na capital paulista. Com a decisão, a prefeitura espera restabelecer a energia e minimizar os transtornos enfrentados pela população.