Agro tem emprego, mas falta mão de obra especializada
Faltam trabalhadores qualificados no setor econômico que mais cresce no País: o agronegócio
Faltam trabalhadores qualificados no setor econômico que mais cresce no País: o agronegócio. Esse é um dos gargalos que afeta grandes e médias lavouras e preocupa produtores e também governos estaduais e municipais. “Gente especializada tem bastante, a maioria com experiência, no entanto, o problema é o talento dos contratos para lidar com culturas diversificadas e equipamentos com tecnologias de ponta”, pontua o produtor de soja e um dos consultores do agro mais respeitado na Região Centro-Oeste, Ênio Fernandes.
Profissionais especializados e com aptidão para operar máquinas que custam acima de R$ 1,5 milhão ou até de R$ 5 milhões, não é para um profissional que fez curso de seis meses. O mesmo acontece com engenheiros agrônomos, florestais e técnicos em agricultura de precisão. “Existem muitos à disposição do mercado, no entanto, nem sempre são vocacionados para a profissão”, observa Ênio.
Em Goiás e na Região Centro-Oeste, de um modo geral, os empresários rurais fazem o máximo para ‘segurar’ quem realmente corresponde às expectativas. Pagam bons salários, plano de saúde e transporte escolar para os filhos dos que moram na propriedade. Mesmo com todas essas redes de proteção, os produtores estão apreensivos com a intenção do governo Lula de transformar a multa ao trabalhador quando é demitido em um imposto progressivo para as empresas. Isto significa penalizar empregadores que, por uma ou outra razão, têm histórico de demissões.
Faltam profissionais capacitados
Estudo desenvolvido pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com o Senar do Mato Grosso, entrevistou 392 produtores rurais de 94 municípios do Estado sobre a contratação de mão de obra especializada. A pesquisa revela que 70,66% dos produtores enfrentam dificuldade na contratação de novos funcionários, principalmente operadores de máquinas.
Teste de força
O envolvimento em tempo integral do governador Ronaldo Caiado (União) em eleger seu candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), além do desafio, é um teste de força política. Se ele vencer, chega junto à concorrência representada pelos governadores Tarcísio de Freitas (REP), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD) com um trunfo de campeão entre os gestores do País e forte liderança política.
Desafio à vista
A maioria dos prefeitos eleitos e reeleitos tem uma preocupação adicional a partir de janeiro de 2025: como equacionar o déficit previdenciário dos municípios? Os números não são precisos, mas estima-se que gira em torno de R$ 1 trilhão e isto vai exigir, além da escassez de recursos, habilidade política para enfrentar o funcionalismo público municipal.
Horário de verão
Por pouco o ‘horário de verão’ não foi ressuscitado. O governo Lula empurrou a medida para o ano de 2025. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Luta de Bittencourt
Como resgate histórico, o pioneiro na luta para extinguir o ‘horário de verão’ foi o então deputado federal do antigo PMDB, Luiz Bittencourt, em 2001. O projeto não foi aprovado na Câmara Federal, mas ele conseguiu uma liminar para suspender em Goiás. Foi derrubada, mas a ideia nunca morreu, até ser extinto por Jair Bolsonaro.