Justiça retira vídeo de Engler que acusa livro de prefeito de BH de pedofilia
Juiz concluiu que a propaganda distorceu o significado do trecho literário
A Justiça Eleitoral de Belo Horizonte determinou a remoção de um vídeo da campanha de Bruno Engler (PL), no qual sua vice, Claudia Romualdo (PL), acusava o prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman (PSD) de descrever uma cena de pedofilia em seu livro “Cobiça”, publicado em 2020.
A propaganda mencionava um trecho específico da obra, que, segundo Romualdo, retratava o estupro coletivo de uma criança de 12 anos, alegando que o conteúdo era “muito pesado” para ser lido em público.
A equipe de Noman contestou as acusações, afirmando que o trecho citado foi retirado de contexto e que a campanha de Engler estaria disseminando desinformação com o intuito de prejudicar a imagem do prefeito e induzir os eleitores ao erro.
A campanha de Noman defendeu que a passagem, dentro do contexto do livro, fazia parte de uma trama fictícia que ilustrava abusos sofridos pela personagem, sem qualquer intenção de promover ou defender tais atos.
Propaganda de Engler
O juiz responsável pelo caso, ao analisar o conteúdo do vídeo, concluiu que a propaganda distorceu o significado do trecho literário, induzindo o público a interpretar o texto como uma apologia a crimes, o que ele classificou como uma clara “descontextualização”.
Segundo a decisão judicial, esse tipo de desinformação compromete a integridade do processo eleitoral e justificou a retirada imediata do vídeo do ar para garantir a lisura do pleito.