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quinta-feira, 7 de novembro de 2024
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perigo

Goiânia registra décimo caso de raiva em morcego em 2024

Animal foi encontrado morto em rua no Setor Residencial Kátia, Região Sudoeste da capital

Postado em 7 de novembro de 2024 por Luana Carvalho
Animal foi encontrado morto em rua no Setor Residencial Kátia, Região Sudoeste da capital. | Foto: Reprodução

Em 2024, Goiânia registrou o décimo caso de raiva em morcegos, com o mais recente caso identificado em um animal encontrado morto na rua, no Setor Residencial Kátia, na Região Sudoeste, em 31 de outubro. O morcego, da espécie Artibeus obscurus, que se alimenta de frutas, foi encontrado por Agentes Comunitários de Endemias durante suas atividades de rotina.

O Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ), responsável pela monitoração de casos de raiva animal no município, esclareceu que não houve registros de contato entre humanos ou outros animais com o morcego infectado. Após a confirmação do caso pelo laboratório da Agrodefesa (Labvet), um alerta epidemiológico foi emitido imediatamente.

A raiva é uma doença viral grave e potencialmente fatal, causada pelo vírus Lyssavirus, transmitida principalmente pela mordedura de animais infectados, mas também pode ser transmitida por arranhaduras ou lambeduras. A doença afeta principalmente mamíferos, incluindo o ser humano, e pode levar à encefalite progressiva com quase 100% de letalidade, caso não tratada adequadamente.

O gerente de Controle de Animais Sinantrópicos, Welington Tristão, reforçou a importância do alerta sobre a raiva em morcegos, mesmo que os morcegos encontrados na cidade sejam das espécies frugívoras e insetívoras, que não se alimentam de sangue. Contudo, existe o risco de transmissão do vírus, principalmente para animais como cães e gatos, o que torna essencial a vacinação antirrábica.

Outros casos de raiva

Além do caso recente no Setor Residencial Kátia, outros nove casos de morcegos positivos para raiva foram registrados em diversos bairros de Goiânia este ano, incluindo o Setor Sudoeste, Jardim Guanabara e Setor Jaó. As espécies afetadas incluem Epitesicus diminutus, Molossus molossus, Artibeus obscurus, Artibeus planirostris e Artibeus lituratus, todas com diferentes hábitos alimentares.

Vacinação antirrábica

Para evitar a disseminação da raiva, a vacinação antirrábica em cães e gatos é crucial. O gerente Welington Tristão destaca que, mesmo com o contato com morcegos infectados, animais vacinados não desenvolverão a doença.

A população de Goiânia pode vacinar seus pets gratuitamente nos seguintes locais:

– Diretoria de Vigilância em Zoonoses: Rodovia GO-020, Km 08 (diariamente das 8h às 17h)
– Hospital Veterinário da EVZ/UFG: Campus Samambaia (segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h)
– Clínica Escola da Faculdade de Veterinária da PUC Goiás: Campus II, Jardim Mariliza (segunda a sexta-feira, das 8h às 17h)
– Hospital Veterinário Público da AMMA (UPA VET): Jardim Balneário Meia Ponte (segunda a sexta-feira, das 8h às 17h)

Orientações à população

Em caso de acidente envolvendo morcegos, animais domésticos ou silvestres, é fundamental procurar uma unidade de saúde para avaliação de profilaxia de raiva. Algumas orientações importantes incluem:

– Em caso de contato com morcegos mortos ou com comportamento suspeito (como estar em locais claros durante o dia), deve-se entrar em contato com a Vigilância em Zoonoses para o recolhimento do animal.
– Evitar qualquer contato físico com morcegos. Caso encontre um, isole-o com cuidado para evitar acidentes.
– Manter a vacinação antirrábica dos animais domésticos (cães e gatos) em dia, especialmente para aqueles com mais de 3 meses de idade.

Importância ecológica

Os morcegos, apesar de representar risco de transmissão de raiva em algumas situações, são animais de grande importância para o equilíbrio ecológico. Eles ajudam no controle de insetos e na polinização de várias plantas. Quando estão voando livremente durante a noite, não oferecem risco, desde que não sejam manipulados.

Para mais informações, os cidadãos podem entrar em contato com a Diretoria de Vigilância em Zoonoses através dos números: (62) 3524-3131, (62) 3524-3124 (horário comercial), e (62) 3524-3130.

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