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terça-feira, 19 de novembro de 2024
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Transtorno

Identifique os sinais da dislexia

Especialista pontua que o transtorno da dislexia não tem cura, mas pode ser tratado para diminuir suas características

Postado em 19 de novembro de 2024 por Letícia Leite
As dificuldades em reconhecer palavras de forma precisa e fluente, na decodificação e na escrita são traços comuns entre os disléxicos, que geralmente são identificados no início do processo de alfabetização. Foto: Freepik

A dislexia é um transtorno de aprendizagem que compromete a habilidade de um indivíduo em ler, escrever e soletrar de maneira correta e fluente. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABC), esse distúrbio pode impactar entre 5% e 17% dos alunos em salas de aula ao redor do mundo. 

E este sábado, 16 de novembro, é o Dia Nacional de Atenção sobre a Dislexia, uma data estabelecida para sensibilizar a sociedade sobre essa questão. “Ela é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta habilidades básicas de leitura e linguagem. É considerada um transtorno específico da aprendizagem (TEAp)”, explica a fonoaudióloga, Greicyane Castro,

De acordo com a especialista, a data é fundamental para disseminar informações sobre o tema. “A dislexia precisa de um nível de atenção e conscientização proporcional ao número significativo de pessoas que têm a condição. O acesso ao diagnóstico o mais cedo possível e o apoio educativo a todos os níveis de educação devem ser assegurados para que ninguém fique para trás”.

As dificuldades em reconhecer palavras de forma precisa e fluente, na decodificação e na escrita são traços comuns entre os disléxicos, que geralmente são identificados no início do processo de alfabetização. “O diagnóstico é feito com uma equipe multiprofissional formada por fonoaudiólogo educacional, neuropediatra, neuropsicólogo e psicopedagogo. A criança precisa passar por, no mínimo, seis meses de intervenção intensiva e de qualidade antes do diagnóstico final”.

É importante que pais e educadores fiquem atentos a certos sinais em diferentes áreas que a dislexia pode afetar nas crianças. 

Como os sinais na linguagem oral, com dificuldade em nomear letras, números e cores; dificuldade em realizar atividades de aliteração e rima; dificuldade para se expressar de forma clara e 

Já os sinais na leitura, são dificuldade em ler palavras corretamente, erros no reconhecimento de palavras, mesmo as mais frequentes; Leitura oral devagar e incorreta. Pouca fluência, com inadequações de ritmo e entonação, em relação ao esperado para a idade e a escolaridade; Compreensão de texto prejudicada como consequência da dificuldade de decodificação; Vocabulário reduzido.

E na escrita, são erros de soletração e ortografia, mesmo nas palavras mais frequentes; Omissões, substituições e inversões de letras e/ou sílabas; Dificuldade na produção textual, com velocidade abaixo do esperado para a idade e a escolaridade.

TratamentoAinda segundo a especialista, a dislexia não tem cura, mas é possível tratá-la. “Por ser um transtorno do neurodesenvolvimento não tem cura. O tratamento fonoaudiológico é feito com base nas habilidades de aprendizagem e cognitivas. Quanto mais precoce for identificado, mais chances da criança apresentar menos prejuízos no futuro. Além das terapias em consultório, o fonoaudiólogo fará visitas frequentes à escola para entender a rotina de sala de aula do aluno. A partir delas, será possível montar adaptações individuais para serem feitas em atividades escolares e provas bimestrais”.

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