Coleção completa da revista Playboy brasileira é vendida por R$ 73 mil
A coleção contém 497 edições mensais, 264 edições especiais, 70 suplementos, 27 livros, dois CDs e um LP.
Uma coleção completa da revista Playboy, com 915 itens, está sendo vendida por R$ 73 mil em um sebo online. A publicação foi lançada no Brasil em agosto de 1975 e teve sua circulação encerrada em dezembro de 2017. O acervo inclui todas as edições mensais, edições especiais, suplementos e outros itens relacionados.
Lucas Hit, de 39 anos, é o responsável pela organização e comercialização da coleção. Ele, que já trabalhou como consultor de moda, iniciou sua trajetória como vendedor de revistas masculinas durante a pandemia da Covid-19. Desde então, seu negócio, o Sebo do Hit, já comercializou mais de cinco mil exemplares para todo o Brasil.
O acervo, no entanto, pertence a um conhecido de Lucas que decidiu se desfazer da coleção. Segundo ele, todas as revistas foram cuidadosamente analisadas para verificar o estado de conservação. “É um acervo de um colecionador que cuidava muito bem das revistas. Não há capas amassadas, rasuras, e todas incluem os pôsteres originais”, explicou.
Coleção completa da revista Playboy
A princípio, as edições que mantêm os pôsteres são consideradas raridades. Isso ocorre porque muitos leitores costumavam destacar os pôsteres para decoração ou para presentear alguém.
No total, a coleção contém 497 edições mensais, 264 edições especiais, 70 suplementos, 27 livros, dois CDs e um LP. Com o valor total de R$ 73 mil, cada item tem um custo médio de R$ 80. Algumas edições, no entanto, são avaliadas individualmente em valores muito superiores.
A edição com Xuxa na capa, por exemplo, tem um valor estimado de R$ 2 mil, dependendo das condições de conservação. Segundo Lucas, há pelo menos 50 edições na coleção que são consideradas raras e muito procuradas. Ele acredita que o preço total reflete a exclusividade do material.
Entre as edições icônicas estão a número 1, lançada em 1975, com tiragem limitada, a capa de Xuxa, amplamente reconhecida pelo público, a edição com Luciana Vendramini vestindo farda de paquita, e a edição de Sonia Braga, de 1984, que teve sua circulação restringida no Rio de Janeiro. Essa última conta com uma capa alternativa exclusiva para o estado, destacando apenas o rosto da atriz.
Até o momento, apenas uma pessoa demonstrou interesse na compra do acervo completo. Trata-se de alguém que trabalha com leilões. Lucas acredita que a coleção atrairá um comprador interessado em investir, considerando a possibilidade de valorização do material ao longo dos anos.
Por fim, ele destacou que o público que ainda compra revistas masculinas hoje tem, em sua maioria, mais de 30 anos. “Essa geração cresceu vendo Playboy nas bancas e sente falta desse hábito. É um público que busca manter suas edições favoritas como uma forma de conexão com o passado”, afirmou.