Com Gracinha no páreo, base terá queda de braço pela ‘segunda vaga’ no Senado
Nomes que detém o desejo de voar mais alto em 2026 já se revelam empenhados em antecipar as negociações. Apesar da distância, alguns players já são vistos como favoritos
Com o encerramento das eleições municipais de 2024 em todo Brasil, não se fala em outra coisa senão a disputa de 2026. O assunto já é mais que recorrente nas rodas de conversa da política goiana. E os motivos são justificáveis.
Todo e qualquer político sai na frente se adianta estrategicamente os pensamentos acerca das próximas eleições. O processo eleitoral é contínuo e exige planejamento antecipado. Isso ocorre por várias razões. Uma delas é, claro, o fortalecimento de alianças. A formação de bases sólidas é crucial para o sucesso em eleições futuras, e isso requer negociações e acordos antecipados.
Nesse contexto, os nomes que detém o desejo de voar mais alto em 2026 já se revelam empenhados em antecipar as negociações de olho naquele ano. O clima de tensão se torna ainda mais nítido quando o assunto são as cadeiras do Senado.
Os ânimos estão exaltados, especialmente pelo entendimento entre os integrantes da base do governador Ronaldo Caiado (UB) de que restará ‘só uma vaga’. Em 2026, a disputa será por duas cadeiras, no entanto, a leitura é que uma delas “é do Caiado”. Ainda que a possibilidade exista, não quer dizer que o governador será de fato candidato ao Senado. Mas, em um cenário onde não seja, deve tende a lançar sua mulher, Gracinha Caiado, na briga. Pelo menos é o que estimam seus aliados.
A avaliação é que seja ele ou ela, a eleição é “certa”. Caiado tem um altíssimo nível de aprovação no Estado, o que, no entendimento de todos, o permite ser eleito ou eleger a primeira-dama sem qualquer dificuldade.
A situação do gestor é tão favorável que Caiado possui como primeiro plano um sonho ainda mais robusto: o de se tornar presidente da República. E tem trabalhado para isso. Se conseguir aglutinar para chegar lá forte o suficiente, mergulhará na disputa. Caso contrário, fontes do alto escalão da política local apostam que ele tende a recuar e mergulhar na briga pela ‘primeira vaga’ do Senado.
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Independentemente do cenário, seja com Gracinha, seja com Caiado, a apreensão acerca de quem será o ‘nome do governo’ para ‘a segunda’ é comum entre todos aqueles que sonham em fazer do ano de 2026 o seu grande ano.
Nos bastidores, o comentário é que um dos nomes fortes para ocupar a briga pela segunda posição em nome do Governo é o do ex-prefeito Gustavo Mendanha, de Aparecida. O político está mais próximo do que nunca do governador e de seu meio-irmão, Daniel Vilela. Além disso, mostrou força com a vitória de Leandro Vilela, em Aparecida.
Também é lembrado o nome de Zacharias Calil (UB). Por fidelidade ao governador, ele desistiu da última disputa. Agora, pode não estar disposto a fazer o mesmo e levar adiante o plano de chegar à cadeira de senador da República.
O grupo de Rio Verde também revela uma promessa forte. O atual prefeito da cidade, Paulo do Vale, não pode concorrer em 2024 por ter sido reeleito em 2020. Agora, pode galgar caminhos ainda maiores. Leia-se: ou Senado ou a vice-governadoria na chapa encabeçada por Daniel. Um outro aliado lembrado é o presidente do PP em Goiás, Alexandre Baldy. Pábio Mossoró também não fica atrás por representar, como poucos, o peso do Entorno.