No G20 Social, Lula incentiva as pessoas a “gritar, protestar e reivindicar” para provocar mudanças
Presidente destacou a necessidade de incluir nas agendas globais políticas voltadas às populações marginalizadas, que muitas vezes são “desprezadas nos orçamentos” governamentais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou neste sábado (16/11) o G20 Social, realizado no Rio de Janeiro, defendendo maior participação popular na política internacional.
Lula criticou o que chamou de “monopólio de especialistas e burocratas” sobre a economia global e incentivou as pessoas a “gritar, protestar e reivindicar” para provocar mudanças. Ele pediu que o evento, idealizado por ele em 2023, seja mantido nas futuras edições do G20.
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Sem mencionar diretamente a proposta de emenda à Constituição (PEC) que busca acabar com a jornada de trabalho 6×1, Lula afirmou que o G20 deve discutir “jornadas de trabalho mais equilibradas”. A PEC, liderada pela deputada Érika Hilton (Psol-SP), visa reduzir a carga semanal para 36 horas.
O presidente destacou a necessidade de incluir nas agendas globais políticas voltadas às populações marginalizadas, que muitas vezes são “desprezadas nos orçamentos” governamentais.
G20 na África
Lula também aproveitou para reforçar o simbolismo do Brasil na presidência rotativa do G20, que será transferida à África do Sul em 1º de dezembro. Segundo o presidente, eventos como o G20 Social são fundamentais para dar voz às pessoas que, historicamente, têm sido ignoradas nas decisões econômicas e políticas globais.
A defesa por jornadas de trabalho mais justas reflete uma preocupação de Lula em colocar temas sociais no centro dos debates do G20. O presidente argumentou que medidas como essa podem beneficiar as classes trabalhadoras e estimular discussões mais inclusivas entre as maiores economias do mundo.
Ao fim do evento, Lula reiterou a importância de promover políticas públicas que atendam a demandas sociais reprimidas. Ele enfatizou que a inclusão de pautas populares é essencial para construir um futuro mais igualitário. “Temos que enxergar as pessoas invisíveis e incluí-las no planejamento econômico e político”, concluiu.