Nesta quarta-feira, 27 de novembro, celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer, uma data estabelecida para disseminar informações sobre a doença em todos os setores da sociedade. Criada em dezembro de 1988, por meio de uma portaria do Ministério da Saúde, a data visa aumentar a conscientização sobre o câncer, que, a cada ano, causa a morte de milhões de pessoas em todo o mundo.

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) projeta que, entre 2023 e 2025, surgirão cerca de 704 mil novos casos da doença anualmente. Os tipos de câncer com maior incidência no país são os de mama feminina, próstata e cólon e reto.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, com aproximadamente 9,6 milhões de óbitos anuais. A OMS também alerta que, em 25 anos, o câncer será a principal causa de morte, já que a cada ano surgem 12,4 milhões de novos casos da doença globalmente.

O câncer se origina de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA das células, que passam a seguir instruções erradas para suas funções. Essas mutações podem ativar os proto-oncogenes, genes que são inativos em células saudáveis, mas, quando alterados, se transformam em oncogenes e tornam as células cancerosas.

Tipos de câncer

Os tipos de câncer variam conforme os tipos de células afetadas. Quando a doença se origina em tecidos epiteliais, como a pele ou as mucosas, é classificada como carcinoma. Se os tecidos afetados forem os conjuntivos, como os ossos, músculos ou cartilagens, o câncer é denominado sarcoma.

Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão relacionados a fatores externos, como mudanças ambientais provocadas pelo próprio ser humano, além de hábitos de vida e estilo. Esses fatores, como o ambiente de trabalho, o consumo de alimentos e medicamentos e até o ambiente social, são considerados carcinógenos, capazes de alterar a estrutura genética das células.

Embora o fator genético tenha um papel relevante no desenvolvimento de tumores, os casos de câncer causados exclusivamente por hereditariedade são raros. No entanto, certos fatores genéticos podem tornar algumas pessoas mais vulneráveis aos agentes cancerígenos, explicando por que algumas desenvolvem a doença enquanto outras não, mesmo diante de exposições semelhantes.

No Brasil, os tipos de câncer mais comuns incluem tumores de pele não melanoma (31,3% dos casos), câncer de mama feminino (10,5%) e de próstata (10,2%), seguidos de cânceres de cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

A importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce é uma estratégia fundamental para a prevenção do câncer, pois permite detectar a doença em estágios iniciais. Existem duas formas principais de detecção precoce: diagnóstico precoce e rastreamento. O diagnóstico precoce visa identificar os sinais e sintomas iniciais da doença, assegurando um tratamento mais eficaz e simplificado, além de contribuir para a redução do estágio do câncer no momento da descoberta. Já o rastreamento é uma ação dirigida à população sem sintomas da doença, que tem o intuito de identificar o câncer em sua fase pré-clínica.