O tremor nas pálpebras é um sintoma comum, conhecido cientificamente como mioquimia palpebral. Ele ocorre devido à hiperatividade do nervo que controla os músculos da pálpebra. Embora geralmente não indique problemas graves, esse fenômeno pode ser desencadeado por diversos fatores. O estresse é um dos principais causadores. Quando se enfrenta sobrecarga emocional, o sistema nervoso se torna mais sensível, ativando involuntariamente o nervo facial responsável pelos músculos da pálpebra, o que gera os tremores.

Outros fatores incluem falta de sono, cansaço ocular, consumo excessivo de cafeína ou álcool e deficiências nutricionais. A privação de sono torna músculos e nervos mais suscetíveis a movimentos involuntários. O cansaço ocular, causado por longas exposições a telas ou leituras prolongadas, também contribui. Já o excesso de cafeína e álcool estimula o sistema nervoso, enquanto a falta de nutrientes como magnésio, cálcio ou potássio compromete o controle muscular.

O tremor pode ainda estar ligado ao olho seco, uma síndrome em que a produção ou qualidade das lágrimas é insuficiente, prejudicando a lubrificação e proteção dos olhos.

Para solucionar o problema, é essencial identificar sua causa. Descanso e redução do estresse costumam ser suficientes para aliviar os sintomas. Se o cansaço ocular for a origem, pausas frequentes durante o uso de telas ou leituras ajudam. Para quem sofre de olho seco, colírios lubrificantes sem conservantes podem ser úteis. Reduzir o consumo de cafeína e álcool é indicado se esses forem os gatilhos.

Em casos persistentes, especialistas recomendam a aplicação de toxina botulínica (botox), ela pode ser uma alternativa, principalmente em diagnósticos de blefaroespasmo. Métodos simples, como compressas mornas sobre os olhos e alguns minutos de descanso com os olhos fechados, também ajudam a relaxar os músculos e aliviar os tremores.