Mãe que levou sua filha morta ao hospital tinha relação com o pai desde os 15 anos, diz policial
A investigação também revelou que o bebê era fruto de uma relação incestuosa entre a mãe, de 22 anos, e o pai dela
A mãe que levou a filha de apenas dois meses morta a um hospital de Campinorte, no norte goiano, tinha relações sexuais com o pai desde os 15 anos , segundo o delegado do caso , Peterson Amin. Ele afirma que a menina é fruto da relação incestuosa. A mãe está se encontra em prisão domiciliar e o homem , que também era suspeito , morreu após confronto policial , de acordo com a PC.
De acordo com delegado, quando as relações entre pai e filha começaram,não oferecia resistência física, mas havia “sempre uma ameaçã velada”da parte dele. “Não é que ela queria , mas ela não oferecia resistência. Ela tinha a reserva mental , mas não oferecia nenhum tipoo de resistência fisica. Com o tempo , foi ficando mais frequente”, expilocou Peterson.
O delegado ainda disse que houve coação de fato quando ele se mudou para Campinorte, e a teria ameaçado de morte para que fosse com ele. “Falou que se ela não viesse, ele ia matar ela e ia matar o pessoal da família dela. Ela disse que ele tinha muito ciúme dela, que ela não podia fazer nada, que ele tinha que estar em todos os lugares que ela ia”, afirmou Peterson.
O caso não deve ser tratado como estupro porque, quando as relações iniciaram, ela tinha mais de 14 anos e também porque o homem morreu e não será indiciado por nenhum crime. Neste caso, a investigação trata sobre a morte da criança. Conforme o delegado, testemunhas relataram que a vida da família parecia normal, e que nunca presenciaram agressões contra a bebê ou contra a outra filha deles.
A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), que estava na defesa da mulher, informou que representou a suspeita durante a audiência de custódia, mas deixou o caso “por se tratar de comarca onde a DPE-GO não está instalada de forma permanente”. O caso segue em investigação.
Entenda o caso
Uma mulher levou a filha de dois meses morta ao hospital de Campinorte na madrugada de uma sexta-feira (29). Inicialmente, afirmou que o bebê havia se envolvido. Durante os exames, os médicos identificaram marcas arroxeadas no corpo da criança. Desconfiados, acionaram a Polícia Civil.
A perícia relatou que a morte foi causada por ação “externa e contundente”, relatando agressões físicas. Lesões estavam presentes na cabeça, pescoço, pescoço, região lombar, nádegas e braços do bebê. A causa do óbito foi politraumatismo, de acordo com os exames realizados.
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Em depoimento, a mulher afirmou que morava sozinha e encontrou a filha sem vida ao acordar. Câmeras de segurança do hospital, no entanto, registraram sua chegada acompanhada de um homem e da filha mais velha. Questionada pela polícia, ela inicialmente disse que o homem era seu primo.
Durante as investigações, foi descoberto que o homem era pai da mulher. Os dois viveram juntos e tiveram um relacionamento que deu certo no nascimento das duas crianças. Testemunhas confirmaram o vínculo amoroso e disseram que ambas as filhas apresentavam deficiências decorrentes do incesto.
A Polícia Civil informou que a investigação não inclui acusação de estupro, pois as relações ocorreram quando a mulher já tinha mais de 14 anos. O homem, que também era suspeito, morreu em confronto com a polícia antes de ser formalmente acusado.
A mãe foi encaminhada à delegacia como suspeita pelo crime. Segundo a polícia, o caso não envolve apenas a morte do bebê, mas também um histórico de coação e violência psicológica. O delegado Peterson Amin explicou que a mulher teria sido ameaçada de morte pelo pai para manter o relacionamento e obedecer às suas ordens.
Apesar das suspeitas, testemunhas afirmaram que a família parecia ter uma vida normal. Não foram presenciadas agressões diretas ao bebê ou à filha mais velha, segundo os relatos. O caso continua em investigação pela Polícia Civil.
Politraumatismo
A bebê de dois meses chegou morta ao hospital de Campinorte teve a causa do óbito apontada como politraumatismo, segundo o delegado Peterson Amin. O laudo pericial indicou que a morte foi provocada por traumatismo cranioencefálico, acompanhado de múltiplas lesões no corpo da criança.
As marcas encontradas incluíram lesões na cabeça, pescoço, tórax, região lombar e nádega esquerda, além de lesões nos braços. O exame revelou que as lesões foram causadas por ação externa e contundente, o que aponta para agressões físicas como possível origem dos danos.
A investigação também revelou que o bebê era fruto de uma relação incestuosa entre a mãe, de 22 anos, e o pai dela. O caso está sendo tratado pela Polícia Civil, que investiga o contexto de violência doméstica e a dinâmica dos fatos que levaram à morte da criança.