“Viadinho, filho da puta”: Motorista de aplicativo denuncia homofobia e ameaça
Motorista ajudava passageiro com perna machucada quando sofreu homofobia
Um motorista de aplicativo afirmou ter sido vítima de homofobia e ameaça de morte durante uma corrida em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O caso aconteceu no bairro Jardim Campo Nobre, na madrugada desta segunda-feira (23). Segundo o boletim de ocorrência, o trabalhador tomou a iniciativa de ajudar o passageiro a se acomodar no banco dianteiro devido a uma dificuldade de locomoção.
De acordo com o relato, o passageiro mancava ao se aproximar do veículo. O motorista sugeriu que ele ocupasse o banco da frente para maior conforto e, durante o diálogo, mencionou que também trabalha na área da saúde. O condutor perguntou se poderia tocar o joelho do cliente, que teria consentido.
Ameaças e homofobia
Entretanto, ao observar o comportamento do profissional, o passageiro teria iniciado uma série de ofensas homofóbicas. Entre as palavras proferidas, chamou o motorista de “viadinho” e “filho da puta”. Ele também teria ameaçado matar o condutor.
O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Campo Grande. Além do ocorrido durante a corrida, o motorista afirmou que recebeu mensagens ofensivas do passageiro por telefone.
A Polícia Civil investiga a denúncia e pode solicitar registros da corrida e mensagens enviadas ao motorista. Até o momento, a empresa responsável pelo aplicativo não se manifestou sobre o ocorrido.
A homofobia é crime no Brasil desde 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou esses atos ao crime de racismo. As penas podem variar entre reclusão e pagamento de mult