Violência doméstica revela morte planejada de proprietária de imóvel em Ceilândia
O casal pode ser indiciado por homicídio duplamente qualificado e fraude processual
As investigações sobre a morte da jovem Samara Regina da Costa Dias, de 21 anos, apresentaram uma nova reviravolta. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou que o assassinato foi planejado pelo casal Tiago Alves Cajá, de 24 anos, e Thalissa dos Santos Araújo, de 21. A vítima, proprietária da casa onde os acusados moravam, foi morta com a intenção de que os dois se apropriassem do imóvel e de seus bens.
O plano, que envolvia a simulação de um suicídio, foi descoberto após Tiago ser preso por violência doméstica. Durante o depoimento, Thalissa inicialmente afirmou que Tiago agiu sozinho, mas novas evidências e depoimentos indicaram que ela também participou ativamente do crime.
O laudo cadavérico trouxe detalhes cruciais, apontando que Samara foi dopada e asfixiada enquanto dormia. A causa da morte foi confirmada como asfixia por enforcamento, sem sinais de luta ou agressão física. Isso reforçou a tese de que a vítima estava incapacitada quando foi assassinada.
Além disso, as investigações mostram que Tiago tentou apagar rastros do crime, jogando o celular da vítima nos trilhos do metrô. Thalissa confessou ter ajudado a simular o suicídio, mas negou envolvimento direto na morte de Samara.
Diante das evidências, o casal pode ser indiciado por homicídio duplamente qualificado e fraude processual, com penas que podem chegar a 34 anos de prisão. Segundo o delegado João Ataliba Neto, responsável pelo caso, o objetivo da simulação do suicídio era garantir que o crime permanecesse impune.
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