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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Fraude digital

Deepfakes com celebridades promovem colírios falsos e ameaçam a saúde ocular

Golpistas usam inteligência artificial para criar vídeos fraudulentos que divulgam produtos sem certificação da Anvisa, colocando consumidores em risco

Postado em 29 de janeiro de 2025 por Luana Avelar
Anúncios falsos utilizam deepfakes de celebridades para promover colírios sem certificação, representando um risco à saúde visual. Foto: divulgação
Anúncios falsos utilizam deepfakes de celebridades para promover colírios sem certificação, representando um risco à saúde visual. Foto: divulgação

O avanço da inteligência artificial tem sido explorado por golpistas para disseminar anúncios enganosos que promovem colírios sem certificação da Anvisa. Utilizando deepfakes, criminosos manipulam a imagem e a voz de celebridades como Ana Maria Braga, Fátima Bernardes, Fábio Júnior e até Cid Moreira — falecido em outubro de 2024 — para vender supostos tratamentos “milagrosos” contra glaucoma, catarata e outros problemas de visão. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) alerta que esses produtos representam um sério risco à saúde.

O oftalmologista Antônio Sardinha enfatiza que medicamentos sem prescrição podem conter substâncias nocivas e que a associação com figuras públicas contribui para enganar consumidores. “Esses produtos podem conter substâncias desconhecidas que prejudicam a visão e a saúde como um todo. Além disso, a manipulação da imagem de figuras públicas gera confiança falsa, especialmente em pessoas mais vulneráveis, como idosos”, explica.

Os vídeos fraudulentos, que circulam nas redes sociais e em plataformas de anúncios pagos, prometem resultados impossíveis, como a cura de doenças oftalmológicas crônicas e a regeneração da visão. Sardinha ressalta que qualquer tratamento ocular deve ser baseado em evidências científicas e indicado por especialistas. “Nenhum colírio cura catarata ou regenera a visão, os tratamentos oculares precisam ser prescritos por especialistas e baseados em evidências científicas. Usar medicamentos sem certificação pode agravar doenças e até causar cegueira”, alerta.

Para evitar complicações graves, o CBO orienta que a população desconfie de promessas milagrosas e evite produtos sem registro oficial. Além disso, reforça a importância de buscar orientação profissional antes de utilizar qualquer substância nos olhos, garantindo um tratamento seguro e eficaz.

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