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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
além do carboidrato

Estudo revela benefícios da mandioca à saúde intestinal

Pesquisa comprova que a raiz favorece a flora intestinal e pode ser uma aliada para celíacos e intolerantes ao glúten

Postado em 31 de janeiro de 2025 por Luana Avelar
Versátil e nutritiva, a mandioca pode ser incorporada a diversas receitas saudáveis. Foto: Divulgação
Versátil e nutritiva, a mandioca pode ser incorporada a diversas receitas saudáveis. Foto: Divulgação

Até pouco tempo atrás, a mandioca era vista apenas como uma fonte de carboidratos. No entanto, uma pesquisa publicada na revista Food Research International revelou que a raiz possui substâncias que beneficiam a microbiota intestinal, especialmente para pessoas com restrições ao glúten. O estudo analisou variedades cultivadas no Nordeste e no Sul do Brasil e constatou a presença de compostos fenólicos, amido resistente e fruto-oligossacarídeos (FOS), elementos que favorecem bactérias benéficas no intestino.

A pesquisa, coordenada pela professora Marciane Magnani, da Universidade Federal da Paraíba, simulou a digestão da mandioca para avaliar o comportamento desses nutrientes no organismo. A análise demonstrou que as substâncias com ação prebiótica alcançaram o intestino, auxiliando no equilíbrio da microbiota. A pesquisa também identificou impactos positivos em pacientes celíacos, com melhora na fermentação intestinal e na diversidade de micro-organismos benéficos.

Além do efeito prebiótico, a mandioca é rica em potássio, magnésio e vitamina C, nutrientes essenciais para a saúde cardiovascular, óssea e imunológica. Para a nutricionista Giuliana Modenezi, do Hospital Israelita Albert Einstein, a descoberta reforça o valor nutricional desse ingrediente acessível e tradicional na alimentação brasileira. “A mandioca pode substituir o trigo na dieta de celíacos e contribuir para um intestino mais saudável”, destaca a especialista.

O consumo pode ser feito de diversas formas, desde a versão cozida até pratos como purês, sopas e escondidinho. Já seus derivados, como a tapioca e a farinha, fazem parte do cotidiano de muitas regiões do Brasil. No entanto, especialistas alertam sobre o alto índice glicêmico da tapioca e o consumo moderado da farinha para evitar calorias em excesso. “Uma boa estratégia é combinar a tapioca com proteínas ou fibras, como queijo, frango, chia ou linhaça”, sugere Modenezi.

Eleita pela ONU como o alimento do século 21, a mandioca se consolida como um ingrediente versátil e nutritivo. Seu potencial prebiótico amplia suas vantagens, mostrando que a raiz vai muito além de um simples carboidrato. Incorporá-la ao cardápio diário pode trazer benefícios não apenas para a digestão, mas também para a saúde como um todo.

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