Obras de Oswald de Andrade entram em domínio público
O legado do modernista agora pode ser republicado, traduzido e reinterpretado sem restrições
![Foto: Divulgação](https://ohoje.com/wp-content/uploads/2025/02/gg.jpg)
Desde o início deste ano, toda a obra de Oswald de Andrade está em domínio público. O escritor, poeta e dramaturgo, um dos principais nomes do modernismo brasileiro, faleceu em 1954, e após o período legal de 70 anos, seus textos agora podem ser republicados, traduzidos e editados livremente. Com isso, clássicos como O Rei da Vela, Manifesto Antropófago, Serafim Ponte Grande e Memórias Sentimentais de João Miramar devem ganhar novas edições e alcançar um público ainda maior.
O próprio Oswald já antecipava a ideia de apropriação e transformação de sua obra. Na epígrafe de Serafim Ponte Grande, escreveu: “Direito de ser traduzido, reproduzido e deformado em todas as línguas”, um prenúncio da liberdade que sua produção literária teria décadas depois. Como teórico da antropofagia cultural, ele defendia a absorção e reinvenção das influências estrangeiras dentro de uma identidade genuinamente brasileira.
A entrada de sua obra em domínio público representa uma oportunidade para editoras, pesquisadores e leitores revisitarem seu legado sem barreiras. Confira algumas das principais obras do modernista que agora podem ser acessadas livremente:
- Memórias Sentimentais de João Miramar (1924)
- Manifesto Pau-Brasil (1925)
- Manifesto Antropófago (1928)
- Serafim Ponte Grande (1933)
- O Rei da Vela (1937)
- Marco Zero – A Revolução Melancólica (1943)
- Marco Zero II – Chão (1946)
- Um Homem Sem Profissão (1954)
Com a reedição e difusão de sua obra, o pensamento e a estética de Oswald de Andrade ganham nova vida, reafirmando sua relevância na cultura brasileira.