O adeus a um gigante do cinema brasileiro
Cacá Diegues marcou gerações com seu olhar crítico e poético sobre o Brasil
![Foto: Reprodução/YouTube](https://ohoje.com/wp-content/uploads/2025/02/Caca-Diegues-3.jpg.webp)
Na madrugada desta sexta-feira (14), o cinema brasileiro perdeu uma figura icônica com a morte do cineasta Cacá Diegues. Aos 84 anos, ele faleceu após complicações cirúrgicas no Rio de Janeiro. Com uma carreira que abrange mais de seis décadas, Diegues com certeza deixou sua marca na cinematografia nacional.
Nascido em Maceió, em 19 de maio de 1940, Carlos José Fontes Diegues mudou-se para o Rio de Janeiro ainda na infância. Durante seus anos de estudante de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), fundou um cineclube e se aproximou de outros jovens apaixonados pela sétima arte. Esse grupo, que incluía nomes como Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, se tornaria a base do movimento Cinema Novo, conhecido por sua abordagem crítica e realista da sociedade brasileira.
Ao longo de sua carreira, Diegues dirigiu filmes que retrataram o Brasil sob diferentes perspectivas. “Bye Bye Brasil” (1980) é considerado um de seus maiores sucessos, um road movie que acompanha artistas viajando pelo interior do país e reflete as mudanças sociais da época. “Deus é Brasileiro” (2003), inspirado em um conto de João Ubaldo Ribeiro, aborda questões filosóficas e espirituais com humor e crítica social. Outras obras de destaque incluem “Um Trem para as Estrelas” (1987), “Orfeu” (1999) e “O Grande Circo Místico” (2018).
Sete de seus filmes foram escolhidos pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional. Sua atuação na cultura brasileira foi além das telas: exilado durante a ditadura militar, viveu na Itália e na França, onde permaneceu ativo nos debates sobre o futuro do audiovisual no país.
Em 2018, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, um reconhecimento à sua contribuição para a arte e a cultura nacional. Nos últimos anos, dedicava-se ao projeto “Deus Ainda É Brasileiro”, sequência de seu longa de 2003. O filme estava em desenvolvimento desde 2022, mas o cineasta não chegou a vê-lo finalizado. Sua morte deixa uma lacuna no cinema brasileiro, mas sua obra segue como referência para novas gerações de realizadores.
Cacá Diegues deixa quatro filhos e uma vasta filmografia que ajudou a definir a identidade do cinema nacional. Sua trajetória, marcada pela inovação e pelo compromisso com a cultura brasileira, permanece viva nas telas e na memória do público.
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