Goiás registrou a menor taxa de desemprego dos últimos 11 anos, com uma redução de 0,3% no quarto trimestre de 2024, fechando o ano com 4,8%. Esse resultado coloca o estado em um patamar superior ao de economias avançadas, como o da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cuja taxa de desemprego é de 4,9%. No panorama nacional, onde a taxa de desemprego foi de 6,2%, o estado apresentou um índice 1,4 ponto percentual (p.p.) menor. 

Segundo Leonardo César, vice-presidente da Comissão de Direito Empresarial da OAB/GO, no cenário nacional, onde a taxa de desemprego foi de 6,2%, Goiás apresenta um desempenho superior, com uma diferença de 1,4 ponto percentual para menos. O resultado também supera os padrões observados em economias avançadas, como o da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que têm uma taxa de desemprego de 4,9%, colocando Goiás em uma posição de destaque, inclusive em relação a diversos países ao redor do mundo.

Leonardo César ressalta que os principais motores desse crescimento são o mercado imobiliário e o agronegócio, que, além de movimentarem grandes volumes de riqueza, geram uma demanda crescente por profissionais atuantes. Outro setor que tem se aquecido é o ramo têxtil, contribuindo para o aumento do número de empregos disponíveis no Estado.

A análise de César aponta ainda que esse ciclo de crescimento econômico é um reflexo do funcionamento das cadeias produtivas: “As empresas abrem vagas de emprego, os trabalhadores aumentam seu poder de compra, o comércio varejista sente o impacto positivo da alta demanda, o que leva à contratação de novos profissionais e conversa de serviços, e assim a economia se mantém em movimento”, explica.

Para garantir a continuidade da baixa taxa de desemprego e a criação de novas vagas, o vice-presidente enfatizou a importância da implementação de políticas públicas focadas no estímulo ao desenvolvimento empresarial. Exemplos incluem a liberação de linhas de crédito para aquisição de máquinas e insumos, e o financiamento de capital de giro. Além disso, destaca a necessidade de capacitação constante dos trabalhadores por meio de cursos técnicos profissionalizantes e do ensino superior, preparando-os para atender às demandas do mercado e pleitear vagas de maior qualidade e melhores salários.

Setor de serviços impulsiona empregos

O setor de serviços foi o maior responsável pelo crescimento do emprego no estado, com um aumento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023 e de 1,4% comparado ao trimestre anterior. Além disso, a taxa de informalidade apresentou redução, com queda de 2,9% em relação ao trimestre anterior e de 4,8% na comparação com o mesmo período de 2023.

Enquanto o cenário nacional registrou aumentos de 0,2% e 1,3% nos mesmos indicadores, Goiás manteve estabilidade no número de pessoas ocupadas, com aproximadamente 3,9 milhões de goianos empregados. “Goiás está crescendo e, mais uma vez, o estado apresentou excelentes resultados, superando a média nacional e até mesmo padrões observados na OCDE”, afirmou o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

Os resultados positivos refletem a eficácia das políticas públicas implementadas pelo governo estadual, voltadas para capacitação e direcionamento dos goianos para melhores oportunidades de emprego. “Os dados evidenciam que as políticas públicas implementadas pela gestão têm demonstrado eficácia”, ressaltou Rocha Lima.

Com a redução do desemprego, o crescimento do setor de serviços e o aumento da renda média, Goiás consolida-se como um dos estados com melhor desempenho econômico no país, superando não apenas a média nacional, mas também os padrões de economias avançadas