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quinta-feira, 6 de março de 2025
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Cuidado Integral

Da adolescência à menopausa, saúde da mulher pede atenção contínua

Consultas regulares e avanços tecnológicos ampliam acesso a diagnósticos e tratamentos

Postado em 5 de março de 2025 por Luana Avelar
Acompanhamento ginecológico, prevenção ao câncer e saúde mental são pontos centrais na atenção à saúde feminina. Foto: Neuralmed
Acompanhamento ginecológico, prevenção ao câncer e saúde mental são pontos centrais na atenção à saúde feminina. Foto: Neuralmed

A saúde da mulher envolve um conjunto de cuidados que vão além da prevenção de doenças, abrangendo a atenção ao bem-estar físico, emocional e mental. Desde a adolescência até a menopausa, passando pela gestação e climatério, há diversas questões que precisam ser acompanhadas por profissionais de saúde para garantir qualidade de vida e acesso adequado a tratamentos e prevenções.

No Brasil, órgãos e programas desenvolvem políticas para atender às necessidades específicas da população feminina. O Ministério da Saúde coordena iniciativas como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), enquanto o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza serviços voltados à saúde ginecológica, reprodutiva e oncológica. O acesso a exames preventivos, métodos contraceptivos e acompanhamento médico são medidas que contribuem para a promoção da saúde e a redução de complicações.

Um dos principais desafios é a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que afetam as mulheres. O câncer de mama e o câncer de colo do útero estão entre as principais preocupações de saúde pública, sendo essencial a realização de exames regulares. A mamografia, recomendada a partir dos 40 anos, auxilia na identificação de tumores em estágio inicial. Já o exame de Papanicolau, indicado para mulheres a partir dos 25 anos, permite detectar alterações que podem levar ao desenvolvimento do câncer cervical. Além disso, a vacinação contra o HPV é uma das estratégias para prevenir infecções associadas à doença.

O acompanhamento ginecológico regular também desempenha um papel importante na manutenção da saúde feminina. Consultas periódicas permitem avaliar sintomas, esclarecer dúvidas sobre o ciclo menstrual e indicar métodos contraceptivos adequados para cada perfil. O planejamento reprodutivo é um direito garantido por lei e envolve ações educativas sobre contracepção e planejamento familiar, permitindo que a mulher tome decisões informadas sobre sua vida sexual e reprodutiva.

Durante a gestação, o pré-natal é necessário para monitorar o desenvolvimento do bebê e garantir a saúde da mãe. O SUS oferece consultas, exames laboratoriais e orientações para reduzir riscos durante a gravidez e no parto. O acompanhamento adequado contribui para a detecção precoce de possíveis complicações, garantindo um desfecho mais seguro para a mãe e o recém-nascido.

A saúde mental também é um fator de preocupação. Estudos indicam que mulheres são mais propensas a desenvolver transtornos como depressão e ansiedade, sendo influenciadas por fatores hormonais, sociais e econômicos. A carga dupla de trabalho, a maternidade e as desigualdades de gênero podem impactar diretamente o bem-estar psicológico. O acesso a atendimento especializado e a criação de espaços de acolhimento são medidas que podem contribuir para a redução desses índices.

Além dos cuidados tradicionais, avanços tecnológicos têm ampliado o acesso à saúde da mulher. A telemedicina possibilita consultas remotas, permitindo que mulheres em regiões afastadas tenham atendimento especializado. Tecnologias de inteligência artificial já são utilizadas para auxiliar no diagnóstico precoce de doenças, como o câncer de mama, por meio da análise de exames de imagem. Aplicativos voltados para o monitoramento do ciclo menstrual e da saúde reprodutiva também facilitam o acompanhamento de sintomas e a busca por assistência médica quando necessário.

A atenção à saúde da mulher envolve uma abordagem integrada, que inclui a capacitação de profissionais, a ampliação da atenção primária e o fortalecimento das políticas públicas. O acesso a serviços de qualidade, a promoção da informação e o uso da tecnologia são fatores que contribuem para o cuidado adequado da população feminina. Investir na saúde da mulher significa garantir não apenas o bem-estar individual, mas também avanços na saúde pública e na qualidade de vida da sociedade como um todo.

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