Turma da Mônica vira alvo da IA e MSP reage: “Nosso traço carrega narrativas”
Estúdio repudia uso de inteligência artificial para replicar personagens clássicos das tirinhas e promete medidas contra conteúdos ilegais
O uso da inteligência artificial para criar conteúdos visuais chegou ao universo da Turma da Mônica e acendeu o alerta vermelho nos bastidores da MSP Estúdios. Em nota oficial publicada nas redes sociais, a empresa repudiou a reprodução não autorizada de seus personagens por ferramentas de IA, após uma série de tirinhas geradas por algoritmos viralizarem na internet. O estúdio, fundado por Maurício de Sousa, prometeu tomar medidas legais para conter esse tipo de prática, classificando-a como uma violação de direitos autorais e propriedade intelectual.
A empresa reforçou que qualquer uso de elementos relacionados aos seus personagens está protegido por lei. Segundo o comunicado, a criação de conteúdos que envolvam a Turma da Mônica sem autorização prévia — especialmente quando associados a discursos de ódio, desinformação ou práticas que desrespeitam os valores do estúdio — é terminantemente proibida. A MSP lembrou ainda que o respeito à cultura e à ética norteia seu trabalho há mais de seis décadas.
Embora reconheça o potencial da inteligência artificial como ferramenta de inovação, o estúdio deixa claro que ela deve ser utilizada como apoio e não como substituição da criação artística. “A IA apenas ecoa, de forma limitada, uma linguagem visual única, construída ao longo de décadas pelos artistas da MSP”, pontua a nota, enfatizando que o traço da Turma da Mônica carrega uma sensibilidade humana que não pode ser replicada por máquinas.
A polêmica se insere em um debate mais amplo sobre os limites da tecnologia no campo artístico. A geração de imagens por IA costuma se basear em bancos de dados formados a partir de trabalhos artísticos coletados online, sem o devido consentimento de seus autores. Essa prática tem gerado protestos em diversos setores da indústria criativa, que veem seus trabalhos apropriados e reproduzidos por sistemas automatizados, muitas vezes sem o devido crédito ou remuneração.
Para a MSP Estúdios, a tecnologia não deve eclipsar o valor da criação humana. A empresa afirma que continuará atuando para proteger seu legado artístico e cultural. “Mais do que um estilo, nosso traço carrega narrativas, emoções e a sensibilidade humana”, conclui o comunicado, numa tentativa de marcar posição firme diante do avanço da inteligência artificial sobre territórios tradicionalmente humanos.
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