Elize Matsunaga vai à Justiça para manter vínculo com filha; entenda
Ação dos avós corre na Vara da Infância de SP
Elize Matsunaga está em meio a uma disputa judicial com os pais de seu ex-marido, Marcos Matsunaga, assassinado por ela em 2012. A mulher tenta impedir na Justiça a anulação de sua maternidade. A filha, atualmente com 14 anos, nasceu do relacionamento entre Elize e Marcos. O processo tramita na Vara da Infância e Juventude de São Paulo.
Segundo o jornalista Ulisses Campbell, que escreveu a biografia de Elize, Mitsuo e Misako Matsunaga acionaram o Judiciário para tentar impedir qualquer vínculo da neta com a mãe. A defesa de Elize alega que ela nunca cometeu crime contra a filha e que tem condições de exercer plenamente a maternidade.
Família da vítima de Elize Matsunaga
Os pais de Marcos Matsunaga tentam anular juridicamente o vínculo entre a neta e a mulher que matou e esquartejou o filho em 2012. Após cumprir 10 anos de prisão, Elize obteve liberdade condicional. No entanto, a relação com a filha se tornou alvo de embate judicial.
De acordo com a advogada Juliana Fincatti Santoro, que representa Elize, a cliente busca apenas o direito de continuar sendo mãe. “Minha cliente quer exercer o direito de ser mãe. Ela não cometeu nenhum crime contra a filha, sempre demonstrou afeto e tem plenas condições de cuidar da menina”, declarou.
Outros casos semelhantes ganham espaço na Justiça
Além do caso de Elize, outros processos relacionados ao rompimento de vínculos com pais condenados por crimes violentos também tramitam na Justiça. O filho de Cristian Cravinhos, por exemplo, conseguiu retirar o nome do pai da certidão de nascimento e de outros documentos. Cristian participou do assassinato dos pais de Suzane von Richthofen em 2002.
Segundo o processo, o jovem nunca teve vínculo afetivo com o pai e relatou sofrer constrangimentos em ambientes sociais e profissionais por conta do sobrenome. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi unânime.

O caso de Anna Carolina Jatobá também repercutiu. Condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, ela retirou o sobrenome Nardoni de seus documentos ao sair da prisão em 2023. Seus filhos também adotaram a mesma medida.
Suzane von Richthofen, em liberdade desde 2023, mudou de nome ao se casar e atualmente responde como Suzane Louise Magnani Muniz. Já Daniel Cravinhos, irmão de Cristian, também eliminou o sobrenome e passou a utilizar Daniel Andrade após dois casamentos.