O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

No ritmo de Mabel, Comurg precisa de, ao menos, 67 anos para sanar dívida 

Raunner Vinicius Soarespor Raunner Vinicius Soares em 17 de abril de 2025
Sandro Mabel (União) Foto: Divulgação/Fieg
Sandro Mabel (União) Foto: Divulgação/Fieg

Sandro Mabel (União Brasil) e a sua base dentro da Câmara Municipal têm adotado um discurso de que a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) sofre um “choque de gestão”. Segundo o vereador da situação, Thialu Guiotti (Avante), uma das mudanças mais expressivas é a redução drástica na quantidade de cargos comissionados, de 554 para 106, e apresentou alguns valores economizados. O Jornal O Hoje convidou o economista, Eurípides Júnior, para revisar esses números e a sua conclusão foi pessimista. A companhia precisa de, ao menos, 67 anos para sanar a dívida de R$ 2,3 bi – como divulgado pelo decreto de calamidade financeira.  

Guiotti afirma que a economia estimada é de cerca de R$ 3 milhões mensais apenas com a contenção de despesas relacionadas aos comissionados, além de R$ 115 mil por mês com cortes em cargos de chefia – o que totaliza redução de R$ 1,4 milhão ao ano. “Isso representa um verdadeiro choque de gestão”, afirma. Ao todo, R$ 37 milhões por ano. Além disso, os dados apresentados recentemente indicam uma redução de R$ 42 milhões com a folha de pagamento nos três primeiros trimestres, que não necessariamente pode significar uma redução de longo prazo. 

Leia mais: “Tribunal deixou de ser o ‘cão guarda’, também deixou de ser o ‘cão caçador’”, diz vice do TCE-GO 

Levando em consideração somente a economia contínua informada pelo vereador, a Comurg precisa de um pouco mais de um século para quitar a dívida. “Isso se essa dívida não for corrigida por juros e multas – ela permanecendo inalterada.  Se colocar na conta os juros e multas, que eleva o saldo devedor ao longo do tempo, esse tempo pode ser bem maior”, diz o especialista.   

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.