Ilze Scamparini: Descubra curiosidades chocantes sobre a voz brasileira no Vaticano
Ilze também é escritora e foi estagiária de Henfil nos anos 1980
Ilze Scamparini voltou a ocupar espaço de destaque na televisão brasileira com a cobertura da morte do papa Francisco e os preparativos para o conclave que vai eleger o novo pontífice. Correspondente da TV Globo em Roma há mais de 25 anos, a jornalista paulista acumula uma longa trajetória cobrindo o Vaticano e outros grandes acontecimentos internacionais.
Carreira de Ilze Scamparini
Ilze iniciou sua carreira na emissora em 1984. Em 1997, foi designada como correspondente em Los Angeles, nos Estados Unidos. Dois anos depois, assumiu o posto em Roma, onde permanece até hoje. Desde então, cobriu os papados de João Paulo 2º, Bento 16 e Francisco. Também esteve presente na cobertura de guerras, cúpulas internacionais e da pandemia de covid-19, que teve epicentro europeu na Itália em seu início.
A jornalista ganhou visibilidade não apenas pela atuação, mas também pelo cenário de onde costuma fazer entradas ao vivo. Do terraço de seu apartamento com vista para a Piazza Navona, em Roma, ela se tornou figura conhecida e, muitas vezes, alvo de comentários nas redes sociais. Memes e elogios se multiplicam, e fãs já a compararam a personagens fictícios como Batman e os protagonistas do jogo Assassin’s Creed, devido à ambientação romana de suas transmissões.
Ilze vive na capital italiana com o marido, o roteirista e escritor Domenico Saverni. Quando não está no ar, ela dedica parte do tempo à escrita. Em 2021, publicou seu primeiro romance, Atirem Direto no Meu Coração, baseado em histórias colhidas durante sua cobertura da guerra do Kosovo, entre 1998 e 1999.

Reconhecida como vaticanista, nome dado aos jornalistas credenciados oficialmente junto ao Vaticano, ela acompanha de perto os bastidores da Igreja Católica. Em 2013, em entrevista ao jornal O Globo, destacou a relevância política dos conclaves. “O papa é também um chefe de Estado. Em guerras, a diplomacia vaticana pode ter muito valor”, afirmou.
Ilze também relembrou o início da carreira. O primeiro emprego foi como estagiária do cartunista Henfil, nos anos 1980. Ela transcrevia entrevistas com operários do ABC paulista, que depois eram entregues ao jornalista e cartunista.

Outro momento marcante citado pela repórter foi a viagem que fez ao lado de Chico Mendes, no Acre, para retratar a realidade dos seringueiros da região. “Aquilo, sim, foi descobrir o mundo”, declarou na mesma entrevista.