Papa Francisco nunca recebeu salário e teve despesas custeadas pelo Vaticano
Pontífice seguia tradição de voto de pobreza e vida simples
A morte do papa Francisco reacendeu a curiosidade em torno de sua rotina e, principalmente, de como funcionava sua remuneração como líder da Igreja Católica. Ao contrário do que muitos pensam, o pontífice jamais recebeu salário pelo cargo, mantendo um estilo de vida simples, baseado em sua fé e voto de pobreza.
Líder espiritual de mais de um bilhão de fiéis e chefe do Estado do Vaticano, Francisco não dispunha de uma remuneração mensal. Suas necessidades cotidianas — alimentação, moradia, vestimentas e deslocamentos — eram providas pela estrutura administrativa do Vaticano, sem qualquer tipo de salário formal.
A escolha não foi meramente institucional. Francisco, jesuíta desde a juventude, seguiu fielmente o princípio da vida austera. Ao invés de ocupar os luxuosos aposentos papais, optou por viver na Casa Santa Marta, uma residência modesta dentro do Vaticano. Ele também dispensava carros oficiais sofisticados e mantinha hábitos discretos.
Durante um documentário lançado em 2023, o papa explicou com simplicidade sua relação com o dinheiro: “Quando preciso comprar algo, peço. Não tenho salário, mas confio que nada me faltará”.
Essa postura está enraizada em uma longa tradição da Igreja, que remonta a séculos. No entanto, há exceções: quando Bento XVI deixou o papado, passou a receber uma aposentadoria como papa emérito — prática restrita apenas aos que renunciam.
A escolha de Francisco por uma vida sem luxos reforçou sua imagem pública de humildade e coerência com os valores cristãos. Mesmo no cargo mais alto da hierarquia católica, ele preferiu o caminho da simplicidade.