Saúde e bem-estar na menopausa: Estratégias para manter a qualidade de vida
Uma pesquisa da British Menopause Society revelou que 39% das mulheres que foram orientadas a tratar a menopausa com Terapia de Reposição Hormonal (TRH) não a utilizam, com apenas 14% realmente aderindo ao tratamento. Esse dado revela não só a falta de orientação, mas também o receio significativo em relação à terapia, o que leva […]
Uma pesquisa da British Menopause Society revelou que 39% das mulheres que foram orientadas a tratar a menopausa com Terapia de Reposição Hormonal (TRH) não a utilizam, com apenas 14% realmente aderindo ao tratamento. Esse dado revela não só a falta de orientação, mas também o receio significativo em relação à terapia, o que leva muitas mulheres a se tornarem mais vulneráveis a promessas de tratamentos estéticos sem respaldo científico.
Com base em evidências científicas e uma abordagem empática, o livro Menopausa sem Pausa apresenta seis pilares essenciais para promover rejuvenescimento e bem-estar durante essa fase da vida. As estratégias sugeridas ajudam a gerenciar os sintomas da menopausa, além de promover uma qualidade de vida superior, desacelerando o processo de envelhecimento.
Um desses pilares é a terapia cognitivo-comportamental, recomendada nos protocolos de tratamento da menopausa. Essa terapia auxilia na identificação e no manejo de sentimentos problemáticos, podendo ser realizada de forma individual, online ou em grupo. A meditação também é uma prática altamente benéfica, e aplicativos como Headspace podem ser ótimos aliados nesse processo.
Atividades físicas são fundamentais para prevenir a sarcopenia, a perda de massa muscular que afeta especialmente pessoas acima dos 80 anos. Exercícios regulares são essenciais para manter a força muscular e a mobilidade. Além disso, adotar hábitos como abster-se do tabagismo, limitar o consumo de álcool e evitar o sedentarismo são passos importantes para preservar a saúde de forma geral.
A alimentação balanceada desempenha um papel crucial. Alimentos ricos em nutrientes ajudam a combater processos como a glicação, que é a ligação do açúcar com proteínas e pode ser monitorada por meio da hemoglobina glicada. Nutrientes como zinco, cromo, ácido alfa-lipoico, canela, carnosina e magnésio são particularmente eficazes para reduzir a glicação e o estado pró-inflamatório, fatores que podem levar a doenças como diabetes.
Os fitoestrógenos, compostos vegetais com estrutura semelhante ao estrogênio humano, podem apresentar efeitos benéficos leves quando consumidos. São amplamente utilizados por quem deseja evitar a Terapia de Reposição Hormonal ou quando há contraindicações para seu uso.
Outra sugestão importante é a reposição de alimentos ricos em isoflavona, como a soja ou o red clover. Esses alimentos atuam como fitoestrógenos, agindo nos receptores de estrogênio da pele e aumentando a concentração de colágeno e a produção de ácido hialurônico. Além disso, ajudam a diminuir os sintomas da menopausa, como os fogachos, e previnem a osteoporose.
A isoflavona, encontrada na soja, alivia os sintomas da síndrome da menopausa, ajuda na manutenção da densidade óssea e oferece benefícios à saúde cardiovascular. O resveratrol, extraído das uvas, é outro aliado importante. Produzido quando a vinha sofre estresse, esse flavonoide tem excelentes propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, diminuindo os sintomas da menopausa, protegendo o DNA e melhorando a função mitocondrial.
O Indol-3-carbinol, presente em crucíferos como couve, repolho e brócolis, converte o estrogênio em formas mais benéficas e menos ativas, ajudando a equilibrar os hormônios. A cúrcuma, com suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, também promove suporte para a saúde hormonal. Adotar essas práticas não apenas melhora a qualidade de vida durante a menopausa, mas também ajuda a prevenir diversas condições associadas ao envelhecimento.
Alterações como perda de elasticidade, escurecimento e afinamento dos lábios vaginais são algumas das mudanças que podem ocorrer durante a menopausa. A redução da lubrificação vaginal e do desejo sexual também é comum, resultando em desconfortos significativos, como incontinência urinária. As principais condições dessa fase incluem vaginite atrófica, incontinência urinária e prolapso pélvico.
Desde 2014, o uso de lasers, como o laser de dióxido de carbono microfracionado ablativo, foi aprovado pelo FDA para tratamentos geniturinários. Esses lasers são recomendados por serem quase indolores e possuírem recuperação rápida. Eles aquecem o tecido, estimulando a regeneração celular e a produção de colágeno, melhorando a qualidade do tecido, a satisfação sexual e reduzindo a incontinência urinária.