O Ministério da Saúde abriu 3.174 novas vagas para o programa Mais Médicos, em edital publicado na última sexta-feira (2). As inscrições estarão disponíveis a partir desta segunda-feira (5), por meio do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP), e seguem até 8 de maio. A medida visa reforçar a atenção primária em regiões com escassez de profissionais de saúde, especialmente em municípios de pequeno porte e em áreas indígenas.

Segundo a pasta, a meta é alcançar 28 mil médicos em atuação até o final de 2025. Atualmente, o programa conta com 24,9 mil profissionais espalhados por 4.200 municípios, cobrindo cerca de 77% do território nacional. Desses, 601 atuam em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

A distribuição das vagas do 41º ciclo do programa leva em consideração dados da nova edição do estudo Demografia Médica 2025, que analisa a proporção de médicos por habitante em cada região. Do total de vagas, 3.066 foram destinadas a 1.620 municípios e 108 para 26 DSEIs. A maioria dos postos está concentrada em cidades de pequeno porte (75,1%).

O programa contempla três perfis de médicos: profissionais formados no Brasil com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), brasileiros graduados no exterior e médicos estrangeiros com habilitação internacional. Para os dois últimos grupos, é obrigatória a participação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), voltado à capacitação em situações de urgência, emergência e doenças prevalentes.

Além da inscrição eletrônica, os candidatos devem apresentar documentação comprovando regularidade eleitoral, criminal e militar (para homens), além de declaração de conhecimento do idioma e das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo edital também inclui a criação de um cadastro reserva, que permitirá a substituição ágil de profissionais em caso de vacância. Ao todo, 2.450 municípios e oito DSEIs que já participaram de editais anteriores poderão utilizar esse mecanismo.

Criado em 2013, o Mais Médicos busca garantir atendimento contínuo à população em áreas remotas e socialmente vulneráveis. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 63 milhões de brasileiros já foram beneficiados pela política pública, que também contribui para a redução do tempo de espera e a ampliação do uso do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS).