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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
MandaVê

Fabrício e Henrique contam como transformaram suor em sucesso sertanejo

Dupla relembra trajetória no podcast MandaVê e mostra como venceu a informalidade, cimportantes e se consolidou entre os nomes em ascensão do gênero

Luana Avelarpor Luana Avelar em 8 de maio de 2025
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Na última quarta-feira (7), a dupla Fabrício e Henrique foi a atração do podcast MandaVê, apresentado por Juan Allaesse. Em pouco mais de uma hora de conversa, os dois revisitam a trajetória que os tirou da informalidade, um, vindo do futebol amador; outro, das feiras livres, e os colocou entre os nomes em ascensão da nova geração do sertanejo nacional.

Henrique descobriu a música no intervalo entre uma pelada e outra, em campos de Goiânia. Jogava perto da T-2 quando conheceu três irmãos que tocavam chorinho. Um convite informal para cantar acabou revelando um talento inesperado: a voz surpreendeu tanto que ele passou a cantar sempre após os jogos. O futebol virou coadjuvante e, com o tempo, ele formou a dupla Ronny & Max, com quem dividiu palco por 14 anos.

Fabrício, por outro lado, é um caso de empreendedorismo raiz. Começou como camelô, vendendo em feiras, e chegou a carregar uma Kombi para cima e para baixo com mercadorias. Foi quando o pneu furou, em frente a uma distribuidora chamada Cachoeirinha, que surgiu a ideia: transformar aquele ponto em um centro de vendas. Ninguém quis entrar no projeto. Ele insistiu sozinho. Montou loja, chamou feirantes, abriu novas frentes. Estudava vitrines em revistas estrangeiras e aplicava os conceitos no comércio local. Em pouco tempo, virou dono de uma galeria com 22 lojas.

O encontro musical aconteceu em 2019. Fabrício e Henrique se uniram para gravar o DVD Relógio de Saudade, que seria o cartão de visitas da nova dupla. O projeto, bem produzido e com repertório autoral, foi lançado pouco antes da pandemia. Com os palcos fechados e os contratos suspensos, restou adaptar-se ao universo das lives que, à época, se tornaram a principal vitrine para artistas de todos os portes.

A primeira transmissão foi desastrosa: celular mal posicionado, enquadramento ruim, som abafado. Mas bastaram semanas para que a dupla reorganizasse a estratégia. Montaram uma estrutura sólida, buscaram patrocínios e passaram a promover shows virtuais com arrecadação solidária. Uma das lives, patrocinada pela marca Cabaré, reuniu Japinha Conde, Fernando & Sorocaba e ainda garantiu apoio financeiro a músicos sem renda durante o isolamento.

A música “Pra Quê Namorar?”, em parceria com Maiara & Maraísa, marcou a virada. O videoclipe, publicado no YouTube, alcançou mais de 1 milhão de visualizações em poucos dias. Fora do palco, a relação com Maraísa também foi destaque: Fabrício e a cantora mantiveram um relacionamento pessoal, o que estreitou ainda mais os laços entre as duplas.

Além da irmandade musical com Maiara e Maraísa, a dupla goiana também cultiva relações de bastidor com nomes como Leonardo, Zé Felipe e Sérgio Reis. Fabrício é amigo pessoal de Leonardo, com quem compartilha histórias, viagens e, muitas vezes, conselhos. Henrique, por sua vez, acompanhava shows dos grandes artistas nos bastidores antes mesmo de subir ao palco. Os contatos ajudaram, mas não substituíram o esforço.

A discografia da dupla inclui, além do primeiro DVD, os projetos Em Casa – Ao Vivo (2023) e Véi do Céu, Vol. 1 (2025). O estilo musical mescla romantismo, forró e a tradicional sofrência sertaneja. As letras falam de saudade, decepções amorosas e encontros que marcam a vida, temas que dialogam com o público que acompanha os dois nas redes sociais, onde já somam mais de 158 mil seguidores.

Durante o episódio do MandaVê, ficou claro que Fabrício e Henrique vivem da música, mas com os pés fincados na realidade. Para eles, o sucesso não é súbito. “A música não é leite em pó que você joga na água e já sobe”, disse Henrique. No dicionário da dupla, as palavras são trabalho, insistência e paciência.

Com novos projetos em curso, shows pelo interior do Brasil e parcerias previstas para o segundo semestre,  A dupla se consolida como uma das promessas mais sólidas do sertanejo atual. A história que começou entre a Kombi e o campinho agora segue embalada por luzes, palcos e refrões que não param de crescer.

 

 

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