Mais da metade da população brasileira acompanha pelo menos um influenciador digital, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Croma. A pesquisa, feita entre os dias 18 e 26 de novembro de 2024 com 1.009 pessoas, mostra que 55% dos entrevistados seguem figuras públicas nas redes sociais. A influência, no entanto, se concentra principalmente entre os mais jovens — especialmente na Geração Z, formada por nascidos entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2010.

O impacto real das publicações ainda é restrito: apenas um em cada cinco brasileiros afirma ter tido mudanças significativas em seu comportamento ou decisões após consumir conteúdos desses criadores. A influência digital, segundo o estudo, diminui conforme a idade avança, sugerindo que a consolidação de valores e opiniões torna o público mais velho menos suscetível a esse tipo de comunicação.

A presença feminina e o maior engajamento de moradores da região Nordeste também se destacam como traços relevantes do público conectado a influenciadores.

Entre os temas de maior interesse para o público jovem estão tecnologia, turismo, saúde, bem-estar, carreira e experiências compartilháveis. Já as preferências variam conforme o perfil dos seguidores: homens priorizam conteúdos sobre esportes e fitness; mulheres se conectam mais com marcas de beleza e autocuidado; classes sociais mais altas demonstram interesse por gastronomia; e a classe média tende a buscar informações sobre finanças.

A pesquisa, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%, também aponta uma tendência de crescimento no papel dos influenciadores nas decisões de consumo. No entanto, o relatório serve de alerta: manter a relevância nas redes dependerá, cada vez mais, da capacidade de gerar conexão genuína com os seguidores.