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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
SELEÇÃO BRASILEIRA

Carlo Ancelotti pode quebrar tabu centenário na Copa do Mundo

Italiano será o primeiro técnico estrangeiro a tentar conquistar o título com uma seleção nacional diferente

Thais Airespor Thais Aires em 22 de maio de 2025
Carlo Ancelotti
Carlo Ancelotti (Foto: Real Madrid CF)

Desde o anúncio de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, aumentou o interesse sobre a possibilidade de uma conquista inédita no futebol: vencer a Copa do Mundo com um treinador estrangeiro. Até hoje, em todas as 22 edições do torneio realizadas entre 1930 e 2022, as seleções campeãs foram dirigidas por técnicos da mesma nacionalidade dos jogadores.

Um levantamento realizado pela empresa de inteligência esportiva Oddspedia, aponta que, ao longo de quase um século de competições, essa tradição foi mantida de forma absoluta. Nenhum treinador estrangeiro conseguiu conquistar o título mundial com uma seleção de outro país. O desafio que Ancelotti assume, portanto, envolve romper com uma prática histórica consolidada.

A análise também revela que a tendência se repete entre as seleções vice-campeãs. A única exceção ocorreu em 1978, quando a Holanda, treinada pelo austríaco Ernst Happel, chegou à final, mas acabou derrotada pela Argentina. Em todas as demais decisões, tanto os campeões quanto os vices contaram com técnicos compatriotas.

A chegada de Carlo Ancelotti à Seleção Brasileira representa uma mudança significativa na história da equipe. Até então, o Brasil jamais havia sido comandado por um treinador estrangeiro em competições oficiais. O técnico italiano, que acumulou títulos à frente de clubes como Milan e Real Madrid, agora enfrenta o desafio de conduzir a seleção pentacampeã mundial em um cenário pouco habitual para o futebol de seleções.

Carlo Ancelotti
Carlo Ancelotti ao lado do jogador brasileiro Vini Jr. (AFP via Getty Images)

Histórico reforça tradição entre técnicos e seleções

Desde a primeira Copa do Mundo, realizada no Uruguai em 1930, a relação entre a nacionalidade do técnico e o sucesso das seleções permanece forte. Naquele ano, o Uruguai conquistou o título sob o comando de Alberto Suppici, enquanto o vice-campeonato ficou com a Argentina, liderada por Francisco Olazar.

Ao longo das décadas, grandes nomes do futebol consagraram-se ao levar suas seleções de origem ao título mundial. Vittorio Pozzo, por exemplo, comandou a Itália ao bicampeonato em 1934 e 1938; Mário Zagallo venceu com o Brasil em 1970; e Franz Beckenbauer levou a Alemanha Ocidental à conquista em 1990.

Os dados históricos mostram que, até hoje, todas as seleções campeãs confiaram a direção técnica a profissionais que compartilhavam da mesma identidade nacional, cultural e esportiva dos seus elencos. Esse alinhamento é frequentemente apontado como um fator que influencia o desempenho das equipes em torneios internacionais.

Desafio sem precedentes para Carlo Ancelotti

A nomeação de Ancelotti rompe com uma tradição que vai além do Brasil, desafiando um padrão global no futebol. Se tiver sucesso, o treinador italiano poderá ser o primeiro estrangeiro a conquistar uma Copa do Mundo no comando de uma seleção que não é a sua.

Especialistas apontam que essa tradição pode estar relacionada a elementos culturais, como a identidade tática das seleções e a familiaridade entre o técnico e o estilo de jogo praticado pelos atletas. A sintonia entre esses aspectos é vista como um fator que potencializa as chances de sucesso nas grandes competições.

No caso brasileiro, a escolha por um técnico estrangeiro aposta na vasta experiência de Ancelotti no futebol europeu e no repertório acumulado em competições de alto nível, como a Liga dos Campeões da UEFA. O desafio, agora, é adaptar essa bagagem ao contexto do futebol brasileiro e às expectativas de uma torcida acostumada a protagonizar as maiores campanhas da história das Copas.

Com o início do novo ciclo da Seleção Brasileira sob o comando de Carlo Ancelotti, a expectativa gira em torno da possibilidade do italiano quebrar o tabu histórico e inscrever seu nome na história da Copa do Mundo como o primeiro técnico estrangeiro a alcançar o título.

 

 

 

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